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Empresas pedem PIS/Cofins menor
CLÁUDIA DIANNI
GABRIELA ATHIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Representantes de 27 federações empresariais entregaram ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um documento em que
pedem a diminuição da alíquota
das contribuições do PIS e da Cofins, a ampliação dos prazos de recolhimento de tributos e a redução temporária dos direitos trabalhistas para empregados de empresas em dificuldades financeiras, entre outras reivindicações.
O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, que
participou da reunião com os demais ministros da área econômica, disse que o governo pretende
atender, até o fim deste semestre,
medidas pontuais que não gerem
impacto na política fiscal.
No caso da alíquota do PIS/Cofins, os empresários querem a redução dos atuais 9,25% para 7,1%.
Essa reivindicação faz parte de
um conjunto de 22 propostas
compiladas no documento "Uma
agenda pró-crescimento para
2004", entregue ontem a Lula. O
documento, de 16 páginas, identifica problemas que dificultam o
crescimento econômico do país.
"O presidente não se comprometeu a reduzir impostos, mas
entende que, em algumas áreas, é
possível racionalizar e simplificar
impostos e, em alguns casos, reduzir", disse o presidente da CNI
(Confederação Nacional da Indústria), deputado Armando
Monteiro (PTB-PE).
A reivindicação trabalhista é
uma das últimas do documento.
Os empresários dizem que a legislação é de "tamanho único", mas
as empresas têm realidades diferentes. A lei trabalhista gera despesa de contratação de 103,46%
para todos, o que, segundo os empresários, desestimula o emprego
e fomenta a informalidade.
"Simples Trabalhista"
A solução apontada por eles é
criar uma legislação simplificada
que reduza direitos, mas que poderá ser adotada por um período
determinado por empresas em
dificuldades financeiras.
Uma sugestão é reduzir a alíquota da contribuição previdenciária, que soma até 32% com as
parcelas patronal e do trabalhador. Esse sistema enxuto de direitos trabalhistas foi chamado de
"Simples Trabalhista".
O documento reconhece a importância da inovação tecnológica atribuída pela nova política industrial lançada pelo governo no
dia 31 de março, mas afirma que o
país não dispõe de uma política de
incentivos às empresas, como
ocorre nos países de economia
mais competitiva.
Carlos Eduardo Moreira Ferreira, que representou a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo) na reunião, afirmou
que os empresários centraram fogo na redução do "spread" bancário (diferença entre o custo de
captação do dinheiro pelos bancos e o que é cobrado dos tomadores de empréstimos).
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