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OUTRO LADO
FHC admite distorção e promete rigor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Distorções na aplicação
dos recursos do FAT (Fundo
de Amparo ao Trabalhador)
foram reconhecidas até pelo
presidente Fernando Henrique Cardoso.
""O Programa de Qualificação Profissional do governo
federal vai mudar", anunciou o presidente em seu
programa semanal de rádio,
no final de abril, dias depois
da aprovação da auditoria
realizada pelo TCU. ""Seremos cada vez mais rigorosos
na fiscalização", prometeu.
No programa de rádio,
FHC destacou, porém, a
quantidade de treinamentos
feitos pelo governo, apontada pelo TCU como um dos
vícios de origem do programa.
O presidente também deu
como certa a eficácia do plano no combate ao desemprego, coisa contestada pelo
tribunal.
""Esse programa treinou
até o ano passado 8,3 milhões de brasileiros para o
mercado de trabalho. A qualificação profissional é muito
importante, tem melhorado
muito o desempenho dos
nossos trabalhadores, e chegou a hora de dar um passo à
frente", disse Fernando
Henrique Cardoso.
Mudanças
Entre as mudanças anunciadas em seguida pelo ministro Francisco Dornelles
está a intenção de divulgar
na página do Ministério do
Trabalho na Internet a relação dos cursos de qualificação profissional e de todos
os seus alunos.
O ministério também
criou uma ouvidoria para
receber críticas e denúncias
sobre o programa. Os programas executados pelos Estados passarão periodicamente por auditorias independentes.
Em discurso feito no Planalto, Dornelles defendeu a
descentralização do plano,
executado pelos Estados,
quatro centrais sindicais,
quatro confederações patronais, milhares de municípios
e de sindicatos. Mas reconheceu que as avaliações dos
programas não podem mais
ser comandadas pelas próprias entidades que são auditadas.
O governo também espera
acompanhar melhor o destino dos recursos do FAT por
meio de uma conta especial
que cada Estado terá de abrir
no Banco do Brasil para administrar o dinheiro da qualificação profissional.
MS
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