São Paulo, domingo, 14 de maio de 2000


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OUTRO LADO

FHC admite distorção e promete rigor

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Distorções na aplicação dos recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) foram reconhecidas até pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
""O Programa de Qualificação Profissional do governo federal vai mudar", anunciou o presidente em seu programa semanal de rádio, no final de abril, dias depois da aprovação da auditoria realizada pelo TCU. ""Seremos cada vez mais rigorosos na fiscalização", prometeu.
No programa de rádio, FHC destacou, porém, a quantidade de treinamentos feitos pelo governo, apontada pelo TCU como um dos vícios de origem do programa.
O presidente também deu como certa a eficácia do plano no combate ao desemprego, coisa contestada pelo tribunal.
""Esse programa treinou até o ano passado 8,3 milhões de brasileiros para o mercado de trabalho. A qualificação profissional é muito importante, tem melhorado muito o desempenho dos nossos trabalhadores, e chegou a hora de dar um passo à frente", disse Fernando Henrique Cardoso.

Mudanças
Entre as mudanças anunciadas em seguida pelo ministro Francisco Dornelles está a intenção de divulgar na página do Ministério do Trabalho na Internet a relação dos cursos de qualificação profissional e de todos os seus alunos.
O ministério também criou uma ouvidoria para receber críticas e denúncias sobre o programa. Os programas executados pelos Estados passarão periodicamente por auditorias independentes.
Em discurso feito no Planalto, Dornelles defendeu a descentralização do plano, executado pelos Estados, quatro centrais sindicais, quatro confederações patronais, milhares de municípios e de sindicatos. Mas reconheceu que as avaliações dos programas não podem mais ser comandadas pelas próprias entidades que são auditadas.
O governo também espera acompanhar melhor o destino dos recursos do FAT por meio de uma conta especial que cada Estado terá de abrir no Banco do Brasil para administrar o dinheiro da qualificação profissional. MS


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