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COMBUSTÍVEIS
Modificação, de alta de 4,35 e de queda de 1,08%, vale para as refinarias; é difícil que gasolina caia na bomba
Preço da gasolina cairá e o do diesel subirá
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O preço da gasolina cairá 1,08%
na refinaria a partir de amanhã.
No mesmo dia, o preço do óleo
diesel subirá em 4,35%. Os preços
na bomba são liberados, mas, em
tese, poderiam cair em cerca de
0,8% no caso da gasolina e subir
em aproximadamente 3% no caso
do óleo diesel.
A redução, porém, não deve
chegar ao consumidor, segundo
informações do Sincopetro, sindicato dos postos de São Paulo. Como a gasolina vendida na bomba
tem 24% de álcool, a redução cai
para 0,82%, sem contar as mudanças nas margens de lucro dos
distribuidores. Outro problema é
a cobrança de ICMS pelos Estados, que leva em conta um preço
maior que o das bombas.
Por isso, na avaliação do sindicato, o benefício pode não chegar
ao consumidor, e se chegar, será
muito pequeno.
Desde o início do ano, é a segunda redução no preço da gasolina e
o quarto aumento no preço do
diesel.
O preço da gasolina subiu três
vezes neste ano. O último reajuste, de 10,08%, foi no início de
abril. Para o diesel, a última modificação nos preços foi no final de
março: aumento de 8,31%. A próxima data de possível reajuste
-aumento ou diminuição de
preço- para a gasolina e o diesel
é 27 de maio.
Até lá, para que os preços sejam
aumentados será preciso que uma
combinação de alta do dólar e elevação do preço do petróleo no
mercado internacional, aumente
em mais de 5% o custo desses
combustíveis, segundo política
adotada pela Petrobras.
O preço da gasolina caiu e o do
diesel aumentou porque a data do
último reajuste desses dois combustíveis foi diferente. A diminuição no preço da gasolina reflete
oscilação do mercado desde 4 de
abril. No caso do diesel, essa contabilização estava sendo feita desde 26 de março.
O período de 15 dias fixado pela
Petrobras para fazer modificações
no preço da gasolina terminaria
no sábado. Mas, como há mais de
30 dias não havia modificação no
preço, alterações maiores que 5%
nos custos da gasolina no mercado internacional poderiam ser repassadas para o preço na refinaria
a qualquer momento. Reduções
de preço não precisam esperar o
período de 15 dias.
O repasse da alta do diesel e da
redução do preço da gasolina depende do nível de concorrência
na região onde estão os postos e
da fórmula de cálculo para recolhimento do ICMS. Em São Paulo,
o ICMS é fixo e muda a cada 15
dias. Nesse caso, tanto a redução
quanto o aumento de preços demoram mais a chegar às bombas.
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