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Falta de correlação faz cair preço da
gasolina mesmo com petróleo caro
DA SUCURSAL DO RIO
O gerente-geral de comércio interno da Petrobras, Alípio Ferreira, disse que a gasolina baixou,
apesar de o petróleo estar em alta,
porque "não há uma correlação
perfeita entre os preços dos combustíveis e o do petróleo".
De acordo com o gerente da estatal, desde o último reajuste da
gasolina no Brasil, o produto ficou estável no mercado externo.
Ferreira disse ainda que a Petrobras decidiu baixar em 2,14% o
preço da gasolina -a queda de
1,08% é em relação ao preço da
Petrobras mais o imposto (Cide),
cujo valor é fixo em R$ 0,5011-
porque considerou que esse era o
reajuste adequado para que ela se
mantivesse competitiva.
"Na prática, a gente faz uma
avaliação de como está o nosso
produto em relação à competição", disse Ferreira, explicando
que a competição, no caso, é o
preço que poderá ser praticado
por um importador de gasolina.
A mesma explicação, segundo
ele, é válida para o fato de o diesel
ter subido 4,35% (5,02% sem o
imposto), embora no mercado internacional a alta tenha sido
6,36% em relação aos 15 dias que
antecederam o último reajuste do
produto (28 de março).
A Petrobras havia anunciado
uma política, muito criticada, segundo a qual os reajustes de preços seriam praticados sempre que
houvesse oscilação do produto
superior a 5% em relação aos 15
dias anteriores ao último reajuste.
Ferreira deu duas razões para
que a regra não tenha sido posta
em prática: a primeira é que, segundo ele, a regra anunciada tinha o objetivo de "dar um conforto à população" em relação aos
aumentos, sinalizando que eles
teriam um prazo mínimo para
ocorrerem. A segunda razão, de
acordo com Ferreira, é que a regra
só é válida para reajustes praticados em prazos inferiores a 30 dias
em relação à mudança anterior.
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