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ENERGIA
Cotação do barril em Nova York atinge novo recorde no fechamento; alta do produto pressiona inflação nos EUA
Petróleo fecha acima de US$ 41 pela 1ª vez
DA REDAÇÃO
O preço do petróleo voltou a registrar ontem seu maior valor histórico para fechamento em Nova
York. O barril para entrega em junho fechou a US$ 41,08, alta de
0,76% (ou US$ 0,31). O preço reflete as preocupações dominantes
no mercado: aumento da tensão
no Oriente Médio e estoques menores de gasolina nos EUA.
Pela primeira vez, a cotação do
produto em Nova York fechou
acima de US$ 41,00. Esse valor
também se aproximou do recorde
"intraday" (que considera a variação do preço durante o dia), de
US$ 41,15, atingido durante os negócios de 10 de outubro de 1990.
Após o fechamento oficial da
sessão (no "after hours trade", em
inglês), porém, o barril subiu
mais e foi negociado a US$ 41,17, o
que seria seu ponto mais alto. Esse
valor, porém, não é a referência
mais usada (veja texto ao lado).
Em Londres, o barril do tipo
brent ganhou 54 centavos de dólar e fechou a US$ 38,49.
"É pouco provável que o mercado baixe antes da próxima semana devido aos temores de terrorismo", afirmou Bill O'Grady, analista da corretora AG Edwards.
Nas últimas semanas, atentados
a instalações petrolíferas na Arábia Saudita e no Iraque agravaram esses temores. Nem mesmo a
indicação de que a Opep (Organização dos Países Exportadores de
Petróleo) deverá elevar a produção derrubou os preços.
Ontem, o presidente da Opep,
Purnomo Yusgiantoro, disse que
os países-membros estão "inquietos" com a alta das cotações e que
"deveriam alcançar um acordo",
em reunião na próxima semana,
para elevar a produção.
A declaração foi encarada com
ceticismo por alguns analistas.
Para Peter Luxton, da Global
Markets, "a Opep poderá não ser
capaz de causar um grande alívio"
porque possuiria capacidade limitada de elevar a produção.
Inflação
Os preços do setor energético
impulsionaram em abril a maior
inflação no atacado nos EUA em
um ano. O índice ao produtor
(PPI, na sigla em inglês) ficou em
0,7%, alta de 0,2 ponto percentual
em relação a março, divulgou ontem o Departamento de Trabalho.
Embora tenha reforçado a evidência de que a inflação começa a
despertar, o que poderia significar
mais um motivo para o Fed (banco central dos EUA) elevar os juros, o indicador não foi considerado definitivo pelos analistas.
Primeiro, porque o núcleo do
índice, que exclui as categorias
mais voláteis -energia e alimentos-, manteve-se no mesmo patamar de março, de 0,2%, o que
correspondeu às expectativas dos
analistas. A outra razão é a divulgação hoje da inflação ao consumidor, que costuma ser observada com maior atenção pelo Fed.
Dessa forma, as Bolsas tiveram
um dia calmo. Em Nova York, o
índice Dow Jones fechou com baixa de 0,34%, mas acima dos 10 mil
pontos (10.016,6). O Nasdaq, das
empresas de alta tecnologia, teve
alta de 0,02%.
As vendas no varejo recuaram
0,5% em abril, depois de um aumento de 2% no mês anterior. E
os novos pedidos de seguro-desemprego subiram, de 318 mil para 331 mil, na semana passada.
Com agências internacionais
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