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Para analistas,
valor não deve
baixar tão cedo
DA REPORTAGEM LOCAL
Para analistas, é difícil a
chance de, nos próximos dois
meses, a cotação do petróleo
recuar do seu patamar atual,
em torno de US$ 40 por barril.
Ainda que a Opep (Organização dos Países Exportadores de
Petróleo) decida elevar a cota
de produção em 1,5 milhão de
barris por dia, a demanda e a
oferta mundiais devem continuar em descompasso.
A organização detém hoje
aproximadamente 40% da produção global de petróleo e três
terços das reservas mundiais
comprovadas. Mas os países-membros da organização têm
operado no limite da produção. Entre os 11 integrantes, só
Arábia Saudita e Kuait teriam
capacidade ociosa para elevar a
produção imediatamente.
"Não está claro o que vai
acontecer na próxima reunião
da Opep [dia 3 de junho]. Na
prática, a Opep já está produzindo 1,5 milhão de barris acima da cota estipulada [23,5 milhões de barris/dia]", disse Seth
Kleinman, da consultoria americana PFC Energy.
"Não vemos queda de preço a
curto ou a médio prazo. A demanda tem sido acima do esperado e a Opep tem se mostrado relutante em aumentar a
produção", avaliou Edward
Porter, diretor do Instituto
Americano de Petróleo.
O ceticismo do mercado também é alimentado pela proximidade do verão americano.
Tradicionalmente, o consumo
de gasolina aumenta nesse período, mas, neste ano, o estoque do produto está em baixa.
"Enquanto o mercado interno
de gasolina nos EUA permanecer desestabilizado, não vamos
ver os preços cederem. O barril
deve continuar em torno de
US$ 40", diz Kleinman.
Dados da Agência Internacional de Energia mostram que
a demanda mundial neste ano
registrará um crescimento de
2,5% em relação a 2003.
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