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Construção e indústria pouco avançam
Setor extrativo mineral é destaque positivo, enquanto atividade agropecuária recua em relação ao final do ano passado
Analista afirma que indicadores mais recentes já apontam uma melhora no desempenho da construção civil no segundo trimestre
DA SUCURSAL DO RIO
DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Impulsionado pelo desempenho dos ramos de intermediação financeira (bancos) e seguros e serviços de informação
(telefonia e informática), o setor de serviços puxou a alta do
PIB no primeiro trimestre com
crescimento de 4,6% ante igual
período de 2006. Foi o melhor
resultado desde o quarto trimestre de 2004 (5,1%).
No caso dos bancos, o avanço
do crédito turbinou o desempenho. Em serviços de informação, foi a telefonia móvel, alavancada pela alta da renda, disse Roberto Olinto, do IBGE.
O PIB da indústria, por sua
vez, cresceu 3% no primeiro
trimestre do ano na comparação com o mesmo período do
ano passado. O setor de transformação (manufaturados) -
mais da metade do cálculo do
PIB industrial- continuou
com desempenho tímido. Cresceu só 2,8% em relação ao mesmo período de 2006. Ficou
abaixo do da indústria extrativa
mineral (4,1%) e da dos setores
de eletricidade, água, esgoto e
limpeza urbana (3,9%), mas
acima do da construção civil,
que cresceu 2,4% no período.
O setor extrativo mineral foi
beneficiado, principalmente,
por um aumento de 2,6% na
produção de petróleo e gás e de
7,9% na de minério de ferro. No
primeiro trimestre de 2006,
porém, o setor extrativo mineral atingiu crescimento bem
mais elevado, de 14%.
Entre janeiro e março deste
ano, as importações brasileiras
deram um salto de 19,9% em
relação ao mesmo período de
2006. Entre os setores industriais, as áreas mais afetadas no
trimestre, segundo o IBGE, foram artigos de plástico, produtos farmacêuticos e químicos.
Os setores que tiveram desempenho favorável são máquinas e equipamentos, automóveis e caminhões, material
elétrico e metalurgia.
Já a fraca evolução (2,4%) na
construção civil é considerada
passageira, já que novos dados
de abril e maio no mercado
mostram boa recuperação.
Segundo Ana Maria Castelo,
da GVconsult, "o setor vai melhorar bastante daqui para a
frente". Indicadores mais recentes já sinalizam a melhora.
Já a agropecuária destoou do
restante da economia no primeiro trimestre, e o PIB do setor caiu 2,4% na comparação
com o quarto trimestre de
2006. O motivo foi a elevada
base de comparação nos dois
últimos trimestres de 2006,
quando cresceu com força após
a crise de 2005 (estiagem no
Sul e focos de febre aftosa).
Já em relação ao mesmo período de 2006, o PIB da agropecuária subiu 2,1%. Entre as lavouras que expandiram sua
produção estão de algodão
(30%), milho (21%) e soja (9%).
A de arroz teve queda de 4%.
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