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Setor financeiro tem expansão de 9,2% na "carona" dos resultados dos bancos
DA REDAÇÃO
O setor financeiro corroborou os resultados recordes dos
balanços recentes e registrou o
mais acelerado crescimento do
setor de serviços, com alta de
9,2% no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano passado. Nos três últimos meses de
2006, a expansão havia sido de
1% nessa comparação.
"Os bancos têm crescido
mais do que a indústria. Se a
economia como um todo cresceu 4,3% [nos três primeiros
meses], os 9,2% do setor financeiro são um resultado esperado", diz Marcel Artoni de Marco, analista financeiro do Inepad (Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração).
Bancos, seguradoras e entidades de previdência -empresas de atividades cujo cálculo
mudou na nova metodologia do
PIB- registraram expansão na
casa de dois dígitos neste ano
até o mês de março. Anteriormente, esse desempenho era
estimado com base no crescimento médio da economia.
No caso dos bancos, as receitas originadas com operações
de crédito aumentaram 17,1%
no grupo das dez maiores instituições privadas que já divulgaram balanços relativos ao período, segundo dados da consultoria Austin Rating. Já as receitas com a cobrança de serviços cresceram 16,4%.
"Além do aspecto metodológico, que deve ter influenciado,
esse crescimento acentuado
[alta de 9,2%] pode ser explicado pelo fato de o primeiro trimestre deste ano ter sido bem
melhor para os bancos do que o
de 2006, quando os juros eram
mais elevados e a economia andava de lado", diz Luis Miguel
Santacreu, da Austin.
Neste ano, segundo ele, o crédito não só continuou a crescer
como o fez em modalidades
que cobram do cliente taxas
mais elevadas, como crédito
pessoal e financiamento à compra de veículos usados.
O Iedi (Instituto de Estudos
para o Desenvolvimento Industrial), em comunicado, avaliou que o segmento "beneficiou-se enormemente da grande evolução dos instrumentos
financeiros e de crédito".
Seguros
O segmento de seguros, que
também entrou na categoria
"intermediação financeira", registrou no primeiro trimestre
expansão menos acentuada do
que a verificada no mesmo período do ano passado, mas, ainda assim, acima de 9,2%.
O total de prêmio direto (prêmio emitido menos descontos,
restituições e cancelamentos)
de janeiro a março chegou a R$
13,56 bilhões, alta de 12,5% ante igual período de 2006, segundo dados da Susep (autarquia responsável por controlar
e fiscalizar o mercado). Em
2006, até março, o total emitido aumentara 28,3%.
Já o mercado de previdência
complementar encerrou o primeiro trimestre com um volume de captação 20,2% maior na
comparação com os três meses
iniciais de 2006. O percentual
correspondeu a R$ 5,977 bilhões, segundo a Fenaprevi
(Federação Nacional da Previdência Privada e Vida).
Da mesma forma que no
mercado de seguros, a alta havia sido maior de janeiro a março de 2006, de 26,44%.
O patrimônio dos fundos de
pensão (previdência fechada),
por sua vez, encerrou março
com aumento de 15,3% em relação a igual mês de 2006.
(MARCELO SAKATE)
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