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Título dos EUA cai, e Bolsas se recuperam
No Brasil, Bovespa sobe 2,31%, levada ainda pelo PIB
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
Um conjunto de notícias positivas conseguiu inverter, pelo
menos ontem, o pessimismo
dominante nos mercados nos
últimos dias. Principal fonte de
preocupação, os juros dos títulos do governo dos EUA de dez
anos recuaram ontem, acalmando as preocupações da véspera com um possível aumento
nos juros americanos.
Os títulos de dez anos do Tesouro dos EUA foram negociados ontem com rendimento de
5,20%, com queda de 0,91%.
Desde a quinta da semana passada, os juros desses papéis
-considerados o investimento
de menor risco do mundo- estão acima de 5% ao ano.
No melhor dos mundos para
os investidores, o chamado "Livro Bege", que reúne comentários macroeconômicos do Fed
(Federal Reserve, o BC dos
EUA), afirmou que a economia
americana cresce em ritmo
moderado, mas sem aumento
das pressões inflacionárias.
O otimismo terá um teste importante hoje, quando o governo americano divulga o PPI (índice de preços no atacado).
Amanhã, sai o CPI (índice de
preços ao varejo).
A Bolsa de Valores de Nova
York encerrou o dia com alta de
1,41% no índice Dow Jones e de
1,52% no S&P 500. A Nasdaq
terminou em alta de 1,28%.
No Brasil, o movimento trouxe a Bovespa de volta aos 53 mil
pontos no final da tarde. No encerramento, porém, a alta ficou
em 2,31%, com o Ibovespa na
casa de 52.993 pontos.
Investidores também se
mostraram otimistas com o resultado do PIB. Mais do que o
crescimento, o dado que chamou atenção foi o consumo das
famílias, que segue forte, mas
sem pressão inflacionária.
O dado aumenta a expectativa de que o Copom mantenha o
ritmo de corte dos juros em 0,5
ponto por mais algum tempo.
Hoje, sai a ata da reunião que
reduziu os juros para 12%.
"O cenário externo deu uma
boa recuperada, com os "treasuries" [titulos americanos] recuando. O PIB agradou, apesar
de não superar as expectativas.
Vamos agora analisar a ata do
Copom e ver como eles [os diretores do BC] vêem as perspectivas para a inflação", disse Marcelo Moura, da corretora SLW.
No mercado de câmbio, o dólar comercial terminou negociado a R$ 1,946, praticamente
estável -alta de 0,05%- em relação ao dia anterior.
Investment grade
Antecipando-se às principais
agências de risco, a JCR (Japan
Credit Rating) elevou ontem os
ratings da dívida externa e da
dívida doméstica do Brasil para
"grau de investimento". Segundo a JCR, a decisão leva em
conta a perspectiva de que o governo Lula vai levar adiante reformas para garantir a estabilidade. Cita ainda a melhora no
balanço de pagamentos e a inflação estável.
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