São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 2008

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Nova vítima da crise, banco reabre hoje após intervenção e teme onda de saques

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Obrigado a fechar as portas na última sexta-feira, após sofrer intervenção de autoridades americanas, o IndyMac Bank reabre hoje em meio a novos temores de uma corrida de correntistas para sacar recursos.
A quebra do IndyMac por falta de liqüidez -os resgates de clientes tornaram sua situação insustentável- é mais um sinal de que a crise imobiliária nos Estados Unidos continua a desestabilizar o sistema bancário.
Desde o ano passado, mutuários e empresas do setor de imóveis nos EUA acumulam prejuízos com a desvalorização de bens, a queda nos negócios e o aumento da inadimplência.
O banco reabre hoje com estatuto e nome diferentes -passará a se chamar IndyMac Federal Bank. Seu fechamento, porém, pode vir a ser o mais custoso da história dos EUA, segundo a FDIC (Agência Federal de Seguradoras de Depósitos, na sigla em inglês).
O IndyMac Bank atuava no mercado de crédito imobiliário. Cerca de 95% dos US$ 19 bilhões depositados no banco estão segurados, o que deixa aproximadamente US$ 1 bilhão sem cobertura ou garantia.
Baseado na Califórnia, o IndyMac, com ativos de US$ 32 bilhões, vem a ser a segunda maior instituição financeira nos EUA a fechar as portas, precedido apenas pelo Continental Illinois National Bank & Trust Company, em 1984.
Nos últimos tempos, o IndyMac esperava encontrar um comprador, mas a divulgação de um comunicado do senador Charles Schumer, de Nova York, expressando preocupação quanto à viabilidade do banco, "minou a confiança do público", segundo o OTS (Escritório de Supervisão Econômica, na sigla em inglês). Nos 11 dias depois da divulgação da carta, os correntistas sacaram mais de US$ 1,3 bilhão.
O IndyMac é o quinto banco a falir neste ano, contra três em todo o ano de 2007 e nenhum nos dois anos anteriores.


Com agências internacionais



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