São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 2008

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Crédito de alto risco "detonou" início da crise

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A crise do "subprime", os créditos imobiliários de alto risco, que eclodiu em agosto do ano passado, teve origem na valorização do mercado imobiliário norte-americano por volta dos anos de 2002 e 2003.
Baixas taxas de juros fizeram com que adquirir casas parecesse um excelente negócio. Mas, à medida que mais gente investia em moradias, os preços subiam, e as pessoas começaram a presumir que continuariam subindo.
O boom se auto-alimentou. Os devedores começaram a assinar empréstimos que não tinham condições de pagar, e os emprestadores, a relaxar as normas de concessão.
Por serem voltados a clientes de maior risco, os empréstimos subprime têm juros maiores, atraindo fundos e bancos que buscam retornos altos.
A compra de títulos de instituições que fizeram o primeiro empréstimo permite que mais dinheiro seja emprestado, antes mesmo do inicial ser pago, formando uma cadeia.
No ano passado, a inadimplência nos financiamentos lastreados em hipotecas começou a subir, desencadeando contaminação por todo o mercado e respingando internacionalmente, já que créditos dos EUA podem virar ativos que rendem juros para investidores na Europa e outras partes do mundo.
O estopim da crise mundial veio de lá. O banco francês BNP Paribas congelou o saque de investimentos com aplicações em créditos de hipotecas nos EUA, alegando dificuldades de contabilizar as reais perdas dos fundos.


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