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EM TRANSE
Sergio Amaral diz, após reunião da Camex, que equipe trabalha para ampliar os recursos para financiamento
Governo ainda estuda crédito à exportação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Sergio Amaral (Desenvolvimento) informou ontem,
após reunião da Camex (Câmara
de Comércio Exterior), que o governo vai ampliar os recursos para financiar as exportações. Haverá reforço nas linhas de crédito do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e dos bancos privados, disse.
"O modelo ainda não foi definido e não há números concretos",
disse o ministro, que iria se reunir
em seguida com o presidente Fernando Henrique Cardoso.
A intenção do governo é usar
parte das reservas internacionais
para financiar empresas que estão
tendo dificuldade em obter crédito no exterior. Pela idéia em estudo, o Banco Central repassaria esses recursos para os bancos e eles
fariam os empréstimos para as
empresas. A medida será anunciada nos próximos dias.
Além dos recursos das reservas
internacionais, o governo vai usar
recursos do BID (Banco InterAmericano de Desenvolvimento)
para financiar as exportações. Como o empréstimo de US$ 1 bilhão
já negociado ainda não foi aprovado pela diretoria do BID, a intenção é usar cerca de US$ 900
milhões já liberados pelo banco.
Inicialmente, esses recursos deveriam ser destinados a financiar
projetos de pequenas e médias
empresas. Mas, como considera
prioritário nesse momento financiar as exportações, o governo
quer usar o dinheiro que já tem
disponível e, quando a diretoria
do BID aprovar o empréstimo de
US$ 1 bilhão, usar esses recursos
para financiar as pequenas e médias empresas.
Os recursos do BID não poderão ser usados neste ano para cobrir o corte das linhas de crédito
comerciais para exportação. A informação foi dada ontem pelo diretor financeiro do BNDES, Isac
Zagury.
Segundo Zagury, o BNDES tentou antecipar para este ano o empréstimo de US$ 1 bilhão fechado
recentemente com o BID para
2003, mas não teve sucesso. "O
BID tem uma rotina de trabalho
que impede a liberação de recursos no curto prazo", afirmou Zagury. "O BID é muito lento".
O diretor do BNDES também
descarta a possibilidade de usar
para financiamento à exportação
empréstimos já aprovados pelo
BID para este ano. "O dinheiro já
está comprometido", diz Zagury.
Segundo ele, a única forma de o
BNDES conseguir aumentar as linhas para o comércio exterior será através da obtenção de dinheiro novo. Ele afirmou que o banco
está tentando várias opções para
conseguir mais recursos.
Colaborou Guilherme Barros, do Painel
S.A.
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