DA SUCURSAL DO RIO

O volume de vendas do comércio varejista brasileiro fechou o primeiro semestre do ano com queda de 0,85% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo pesquisa feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nos 26 Estados e no Distrito Federal.
As vendas de veículos, motos e partes (peças e equipamentos), que não integram o indicador do comércio varejista, caíram 21,54% de janeiro a junho.
Para o economista Nilo Lopes de Macedo, da equipe de analistas do IBGE, os resultados refletem "o desemprego, os juros altos e a renda em queda". No caso dos veículos, Macedo avalia que há também o fator expectativa. As pessoas estariam evitando fazer gastos elevados, especialmente a crédito, temendo perder o emprego por causa das oscilações da economia.
Em junho, o comércio varejista apresentou retração de 2,05% no volume de vendas em relação a junho de 2001, após crescer 1,11% em maio na mesma forma de comparação. As vendas de veículos, motos e partes despencaram 23,97% em junho.
O técnico do IBGE disse que preocupa, especialmente, o fraco desempenho das vendas do grupo de atividades que engloba hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. O grupo, um dos cinco que compõem a pesquisa, mostrou em junho retração de 1,92% no volume de vendas, fechando o semestre com queda de 0,88%.
"A crise atingiu o que as famílias resguardam até o último momento, que é a alimentação", disse Macedo.
Dos cinco grupos que integram a pesquisa, apenas o de móveis e eletrodomésticos registrou crescimento nas vendas de junho (2,15%). No semestre, houve crescimento de 1,32%.


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