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MERCADO FINANCEIRO
Ibovespa teve desvalorização de mais 2,87%, ontem; ações do setor bancário continuam em baixa
Bolsa acumula queda de 8,4% em 3 pregões
DA REPORTAGEM LOCAL
Pelo terceiro pregão consecutivo, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em baixa, ontem.
O Ibovespa, índice que reúne as
57 ações mais negociadas no mercado paulista, fechou com desvalorização de 2,87%. Desde sexta-feira, a Bolsa acumula queda de
8,4%.
O volume negociado foi de R$
524,35 milhões. Um operador
afirma que pode ser notado um
fluxo de recursos internos para a
Bolsa. Já o capital externo continua distante do mercado local.
O cenário externo teve, mais
uma vez, influência sobre os negócios ontem. O anúncio da decisão do Fed (Federal Reserve, o
banco central norte-americano),
que optou por manter os juros
dos Estados Unidos inalterados
em 1,75%, decepcionou o mercado daquele país e, consequentemente, a Bovespa.
Havia a expectativa por um corte de até meio ponto percentual
nas taxas dos EUA. O índice Dow
Jones da Bolsa de Nova York caiu
2,38% e a Bolsa eletrônica Nasdaq
teve perda de 2,87%.
Circulou o boato entre as mesas
de operação ontem que a assessoria do candidato Ciro Gomes
(PPS) teria se reunido com membros do Merrill Lynch. O banco de
investimentos teria ficado bem
impressionado com os projetos
que conheceu. Ciro, que tem bom
desempenho nas pesquisas eleitorais, não agrada ao mercado. Ele é
avaliado como dúbio e desconhecido.
Apesar da queda menor dos C-Bonds, títulos da dívida externa
do país, que se desvalorizaram em
1,4% ontem, as ações do sistema
bancário brasileiro continuaram
a sofrer. Os papéis foram abalados pela redução de seus "ratings" por parte da agência de
avaliação de risco Moody's. As
ações preferenciais do Bradesco
caíram 4,76% e as do Itaú se desvalorizaram em 3,65%. Os papéis
ordinários da Petrobras, também
rebaixada pela Moody's, tiveram
a terceira maior queda do dia entre os papéis do Ibovespa. A desvalorização foi de 6,9%.
Com o mercado cambial um
pouco mais calmo, as projeções
para os juros futuros tiveram pequena baixa ontem.
Os contratos negociados para
janeiro do ano que vem, os de
maior liquidez, fecharam em
23,04%, contra 23,55%. As taxas
para outubro caíram de 19,58%
para 19,02%. (ANA PAULA RAGAZZI)
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