São Paulo, quarta-feira, 14 de agosto de 2002

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Insumos genéricos
Um dos ônus dos agricultores atualmente são os custos dos insumos, e os preços podem ficar ainda mais salgados com a contínua elevação do dólar. Uma das saídas para o problema seria a produção de "insumos genéricos" (herbicidas, fungicidas etc.), assim como ocorreu com os remédios.

Perfume francês
Essa bandeira está sendo encampada pelo médico e presidente da Sociedade Rural de Cornélio Procópio (PR), João Batista Gomes Gatti. Segundo ele, os produtores pagam preços de perfume francês por alguns insumos agrícolas. Os preços no Brasil, em alguns casos, são o dobro dos praticados no Paraguai, diz ele.

Lição de casa
Enquanto os programas do álcool aumentam pelo mundo, o Brasil deve fazer sua lição de casa. Na avaliação de Eduardo Pereira de Carvalho, da Unica, o esforço deve ser para romper o protecionismo externo, acelerar a produção de veículos a álcool, ampliar a participação do álcool nos combustíveis e aumentar a co-geração de energia elétrica do bagaço de cana na matriz energética.

Boi em alta
A oferta de bois confinados melhorou um pouco a liquidez do mercado ontem, segundo alguns frigoríficos. No mercado futuro, no entanto, a arroba foi a R$ 54,19 para outubro. Rodrigo Brolo, da Termo Multistock, diz que o câmbio foi o fator de alta.

Farelo de arroz
O produto tem sido uma opção para os avicultores, devido à alta dos preços do milho, diz avaliação da corretora Brandalizze.

Reflexo de Chicago
Os preços da soja se sustentaram ontem em Chicago. O primeiro contrato subiu 0,5%, apesar da ocorrência de chuvas em algumas regiões produtoras. Essa alta provocou reajuste de preços também no mercado interno. No Paraná, a saca do produto chegou a R$ 34. Na região sorocabana, de São Paulo, foi a R$ 36,60.

Céu nublado
A seca nos EUA forçou a alta também do milho em Chicago (3% ontem) . Com isso, o valor do produto no porto de Paranaguá corresponde a R$ 18 por saca. O preço é bom para os agricultores, mas preocupa muito os avicultores e os suinocultores.

Novembro quente
Na avaliação do mercado, os preços do milho vão estar aquecidos nos próximos meses. Ontem a saca foi negociada a R$ 17,55 no contrato de novembro da BM&F. No início deste mês os negócios eram fechados a R$ 16,90 por saca para aquele mês.

Efeito câmbio
A alta do dólar se manifesta fortemente nos dados de inflação da FGV de julho. Os preços dos alimentos subiram 3,32% no mês passado, acumulando 17,9% nos últimos 12 meses. Já os produtos agrícolas, após alta de 4,4% no mês passado, acumulam 13,4% no atacado em 12 meses.

Teste de brucelose
Está em fase final de aprovação um novo teste da Embrapa para detectar brucelose. Com maiores sensibilidade e segurança para detectar a doença, o novo teste é obtido em apenas cinco minutos.

E-mail: mzafalon@folhasp.com.br


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