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BARRIL DE PÓLVORA
Banco alemão teme que preço afete o crescimento global
Problemas com produtores levam óleo a novo recorde
DA REDAÇÃO
As notícias ruins continuam a
influenciar os preços do petróleo.
A explosão em uma refinaria nos
EUA, informações de que a demanda chinesa permanece alta e
temores de uma possível interrupção na produção da Venezuela elevaram as cotações do petróleo para novos recordes.
A manutenção do preço da
commodity em patamares recordes já começa a influenciar negativamente as expectativas para o
crescimento global. A alta pode
chegar aos preços e, com eles, um
menor índice de atividade econômica. A opinião foi dada ontem a
um jornal alemão pelo economista-chefe do Bundesbank, Herman
Remsperger.
A notícia da explosão em uma
refinaria da British Petroleum em
Indiana, nos EUA, levou o preço
do óleo cru leve em Nova York a
bater novo recorde -US$
46,58-, com alta de 2,37%. Em
Londres, o barril do tipo Brent encerrou negociado a US$ 43,88,
com elevação de 3,76%.
A explosão é apenas uma em
meio a várias razões para a alta da
commodity. Amanhã acontece o
plebiscito para decidir se o presidente venezuelano, Hugo Chávez,
permanece ou não no cargo. O
mercado teme que o resultado venha a gerar uma interrupção da
produção no país, um dos maiores produtores mundiais e membro da Opep (Organização dos
Países Exportadores de Petróleo).
"Nós temos o Iraque e o referendo na Venezuela no domingo
[amanhã]. É um problema atrás
do outro. Não vejo condições de o
mercado melhorar", disse Naumam Barakat, da corretora Refco,
em Nova York.
Demanda sobe
Ao mesmo tempo em que a produção corre riscos, a demanda pelo produto continua aquecida. A
China permanece como um dos
maiores importadores. Segundo a
agência estatal Xinhua, as importações do país mantiveram, em
julho, a média diária de 2,49 milhões de barris -mais 40% em
relação ao mesmo mês do ano
passado.
As importações indicam que a
demanda chinesa continua crescendo. Autoridades do país disseram que as refinarias da China
pretendem elevar as importações
de óleo para atender o consumo
interno na região.
No último trimestre do ano, a
expectativa é que o consumo
mundial do produto aumente por
conta do inverno nos países desenvolvidos. Para atender essa demanda, a produção dos países-membros da Opep chegou ao nível recorde de 25 anos: 30 milhões
de barris por dia.
Analistas estimam que a procura pelo petróleo da Opep chegue a
30,3 milhões de barris, o que não
deixaria espaço para possíveis
problemas no Iraque.
A preocupação sobre o país recai na instabilidade provocada
pelos ataques das forças norte-americanas à cidade xiita de Najaf. O local é um reduto do clérigo
xiita Moqtada al Sadr, cuja milícia
pode empreender atentados contra instalações petrolíferas no
país.
Ontem, os campos de extração
de petróleo no sul do Iraque operaram normalmente, após as sabotagens ocorridas na segunda-feira, disse um oficial da Companhia de Petróleo do Sul do Iraque.
O mercado teme ainda a definição sobre o imbróglio judicial envolvendo a maior petrolífera russa, Yukos, e o governo do país. A
disputa é sobre uma dívida de
US$ 3,8 bilhões em impostos supostamente atrasados.
Com agências internacionais
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