da Reportagem Local

O saldo líquido do dinheiro estrangeiro trazido à Bolsa de Valores de São Paulo foi negativo em R$ 119,379 milhões nos dez primeiros dias de agosto.
Isso significa que os investidores externos preferiram retirar dinheiro da Bolsa no período. A Bovespa tem cerca de 85% dos negócios de ações feitos no país.
A entrada de recursos se dá pela compra de ações. A saída, pela venda. No início deste mês, a Bovespa registrou entradas de R$ 494,651 milhões e saídas de R$ 614,030 milhões.
Nos dez primeiros dias de julho, as entradas haviam superado as saídas em R$ 57,630 milhões. De lá até o dia 10 de agosto, houve uma reversão de R$ 177,009 milhões.
Desde fevereiro, nenhum mês apresentou saldo de investimento externo negativo na Bolsa. O acumulado no ano é positivo em R$ 3,162 bilhões.
Desde junho, com a entrada em vigor da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), a entrada de dinheiro externo diminuiu.
A CPMF, tributo de 0,38%, tornou as operações em Bolsa muito caras, segundo operadores e donos de corretora. A instabilidade política interna e a perspectiva de aumento nos juros nos EUA (que tornaria o mercado de renda fixa norte-americano mais vantajoso) teriam afastado o investidor.
"O Congresso voltou (do recesso parlamentar) e sinalizou que, a curto prazo, não vai votar nada. Isso afugentou o investidor estrangeiro", disse Gabriel Coutinho Jafet, analista da Oryx Asset Management. (MaD)


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