da Reportagem Local

O desempenho dos papéis da Telebrás e da Petrobras foi responsável pela alta de 1,34% da Bolsa de Valores de São Paulo, ontem.
Os recibos de Telebrás (RCTB41) tiveram valorização de 2,11%. Os negócios com esses papéis representaram 50,3% do total da Bovespa ontem.
Já os papéis Petrobras PN (preferenciais, sem direito a voto) tiveram participação de 12,1% nos negócios e registraram alta de 2,15%.
As opções de recibo de Telebrás vencem na segunda-feira.
A opção é uma operação feita na Bolsa, geralmente por quem deseja se proteger de quedas futuras no valor das ações. Até o vencimento, o titular tem o direito de decidir se compra ou não as ações pelo preço prefixado.
Antes, acontece uma disputa entre quem apostou na alta ("comprados") e quem apostou na baixa ("vendidos") das ações, tentando manipular o mercado.
A disputa, no entanto, não foi muito pesada, segundo operadores. Tanto que a Bolsa só movimentou R$ 339,145 milhões (19,22% a menos do que a média diária em agosto). O número de negócios realizados ontem (9.586) foi 29% menor do que a média do mês.
A Bovespa teve força para subir por causa do desempenho da Bolsa de Nova York, que ontem registrou alta de 1,71%.
O mercado acionário norte-americano viveu um dia de entusiasmo com a divulgação do Índice de Preço ao Produtor. Em julho, o indicador teve alta de 0,2% em relação ao mês anterior -abaixo da expectativa do mercado e sinal de que a economia não está tão aquecida.
A interpretação nos EUA foi positiva, pois diminuiu um pouco o temor de aumento nos juros no país.
Houve mais dois reflexos decorrentes dessa percepção. Os juros pagos pelos T-Bonds, títulos norte-americanos de 30 anos de vencimento, caíram 2,60% (perderam um pouco do atrativo).
Em compensação, os C-Bonds, títulos brasileiros mais negociados no exterior, tiveram alta de 1,26%, sendo cotados a 60,31% do seu valor de face.
(MARCELO DIEGO)


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