São Paulo, terça-feira, 14 de setembro de 2004

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RETOMADA DESIGUAL

Apesar da alta em 150 linhas de produtos no 1º semestre, regiões como a Grande SP tiveram desempenho pior

Vendas em supermercados crescem 2,7%

DA SUCURSAL DO RIO

O volume de vendas de 150 categorias de produtos de grande consumo nos supermercados registrou um aumento de 2,7% no primeiro semestre de 2004 em comparação com o mesmo período do ano passado.
A pesquisa da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), em parceria com a ACNielsen, foi divulgada pela primeira vez na abertura da 38ª ExpoAbras (Convenção Nacional de Supermercados), ontem no Riocentro, na zona oeste do Rio. Os dados do bimestre julho/agosto serão apresentados em cerca de dez dias.
A pesquisa revela que, apesar do crescimento nacional, as regiões da Grande São Paulo e Grande Rio apresentaram um desempenho pior no primeiro semestre deste ano do que nos seis primeiros meses de 2003 -queda de 1,6% e 0,6% respectivamente. "O consumo tem aumentado mais onde está concentrado o agronegócio, por isso essas regiões ainda não apresentaram uma recuperação satisfatória", disse Olegário Araújo, da ACNielsen.
Dos oito setores pesquisados, apenas o de bebidas não-alcoólicas apresentou uma queda de 3,8% nos seis meses deste ano em relação ao primeiro semestre de 2003. Mesmo sendo qualificado de não-alcoólico, o grupo abrange cervejas, além de refrigerantes. Segundo a pesquisa, a queda pode ter sido causada pelo fato de o verão ter sido mais curto neste ano e o inverno, mais rigoroso, o que teria inibido o consumo de cervejas e refrigerantes.
A maior alta no volume de vendas do semestre -8,9%- ficou por conta do setor denominado "outros", que incluem itens como ração para cães e gatos, cigarro, lâmpadas, cola e chupetas. "Mercearia Doce", que abrange 23% do total de produtos pesquisados, registrou aumento de 7% no volume de vendas. Segundo o levantamento, as categorias com melhor desempenho deste setor foram café em pó, com 19%, e leite longa vida, com 11%.
Nas conclusões, a pesquisa diz que, "apesar de os bens de consumo não-duráveis serem os últimos a se beneficiarem da retomada econômica", já se pode constatar o crescimento desse segmento no setor supermercadista.
A ExpoAbras vai até o dia 16. Para o presidente da Abras, João Carlos de Oliveira, devem ser gerados R$ 7 bilhões em negócios.


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