Montadora planeja demissões de trabalhadores administrativos e redução de benefícios nos EUA para economizar 30%

Empresa faz reunião sobre o assunto, a primeira sob o novo presidente, Alan Mullaly; informações são do "Wall Street Journal"

DA FOLHA ONLINE

A fabricante norte-americana de automóveis Ford planeja começar uma revisão em seu plano de reestruturação, que deve resultar em corte de 30% em seus custos com salários e benefícios, além de demissões em seus quadros administrativos, segundo reportagem do diário americano "The Wall Street Journal".
Os 30% de redução nos custos com salários são o nível mais alto da banda de 10% a 30% que vinha sendo estudada pela montadora.
A Ford irá revisar o plano de reestruturação anunciado anteriormente, chamado "Way Forward", devido às críticas de que ele não ia longe o suficiente. As demissões, por sua vez, vão se concentrar em seu quadro de diretores, gerentes e supervisores, com menos demissões de operários. A empresa deve tentar reduzir o número de funcionários por meio de aposentadorias antecipadas e demissão incentivada.
A reunião para discutir a reforma do plano será a primeira do novo executivo-chefe da Ford, Alan Mulally, que veio da fabricante de aviões Boeing.
As demissões devem acontecer neste ano e em 2007, segundo a reportagem. No que diz respeito à redução de benefícios e salários, os cortes podem ocorrer nos planos de pensão e de saúde. Mais detalhes sobre as mudanças devem ser divulgados amanhã.
A empresa tem cerca de 35 mil funcionários nos EUA, incluindo cerca de 300 executivos e outros 2.000 diretores.
A porta-voz da Ford, Marcey Evans, não comentou os planos da empresa, sobre o "WSJ". A Ford do Brasil disse não ter informações sobre cortes no país.
A Ford anunciou em janeiro deste ano um corte de 25 mil a 30 mil funcionários em sua força de trabalho e o fechamento de 14 fábricas até 2012 como parte de um plano de reestruturação. Cinco dessas unidades serão desativadas até 2008 e ficam nos EUA e no Canadá.
No mês passado, a Ford anunciou que vai reduzir em 21% (cerca de 168 mil unidades) sua produção na América do Norte -como parte de um primeiro reajuste no plano anunciado em janeiro.


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