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SDE constata aumento de tarifas causado pelo "congelamento" dos vôos da Varig
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A SDE (Secretaria de Direito
Econômico) constatou uma
onda de aumento de preços das
passagens aéreas causada pelo
"congelamento" de mais de 140
linhas da Varig. A principal
preocupação da SDE é com as
rotas domésticas dos aeroportos mais congestionados do
país, como Pampulha (MG),
Brasília (DF), Congonhas (SP)
e Santos Dumont (RJ).
A Folha apurou que a secretaria prepara uma análise sobre o impacto das variações de
preços das tarifas nesses aeroportos. Pampulha e Brasília encontram-se em situação mais
crítica e serão analisados cuidadosamente pela SDE, pois a
Varig não só deixou de voar tais
trechos como mantém as antigas linhas reservadas.
No caso de Congonhas e Santos Dumont, a empresa vem
operando parcialmente as linhas. A análise abrangerá as rotas internacionais sob domínio
da Varig, principalmente aquelas cujo destino é a Europa.
A decisão de manter os vôos
da Varig "congelados" foi da 8ª
Vara Empresarial do Rio de Janeiro, responsável pela condução do processo de recuperação judicial da companhia. Depois do leilão em que a empresa
foi vendida, foi apresentado à
Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil) um plano de
operação de vôos.
No plano, a Varig disse que
não tinha capacidade de voar,
de imediato, nas 272 linhas que
detinha. A Anac decidiu redistribuir parte de rotas, horários
e espaços, mas foi impedida pela Justiça do Rio. O imbróglio
ontem foi parar no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Anteontem, a SDE divulgou
nota técnica endossando a decisão da agência. Alertou de
que deixar de repassar as linhas
não utilizadas pela Varig gera
restrição de oferta aos passageiros, aumento de preços e deterioração dos serviços.
O próximo passo da SDE será
encaminhar ao STJ um parecer
em que apresentará uma avaliação técnica da situação e os
prejuízos aos passageiros.
(JULIANNA SOFIA E IURI DANTAS)
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