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COLARINHO BRANCO 5
Em nota oficial, a Bovespa afirma acreditar que Eduardo da Rocha Azevedo será absolvido
Bolsa de SP apóia conselheiro condenado
da Reportagem Local
A Bolsa de Valores de São Paulo
divulgou nota oficial no início da
noite de ontem apoiando seu
ex-presidente e atual conselheiro,
Eduardo da Rocha Azevedo.
Azevedo foi condenado a nove
anos de prisão no mesmo processo
que condenou Naji Nahas.
A nota dizia que "o conselho de
administração da Bovespa reunido
nesta data hipotecou total solidariedade ao conselheiro Eduardo da
Rocha Azevedo".
Segundo a nota da Bolsa, as as
decisões tomadas à época por Azevedo, que motivaram a sua condenação, "eram do pleno conhecimento e concordância do conselho da Bovespa".
Os membros da Bovespa disseram ter "total confiança que a verdade dos fatos prevalecerá em relação ao seu atual conselheiro, absolvendo-o tal como já fez a CVM
(Comissão de Valores Mobiliários)".
Azevedo é um dos 15 membros
do conselho da Bolsa paulista.
Ontem, participantes do mercado tinham dúvidas a respeito de
como ficaria a sua posição.
Fim do mandato
O mandato de três anos de Azevedo como conselheiro acaba agora em dezembro, juntamente com
o do seu atual presidente, Alfredo
Riskallah, segundo informações
da própria Bolsa.
Dos 15 conselheiros da Bolsa, 9
são representantes das corretoras
participantes e são eleitos por elas.
Dois membros são representantes de companhias abertas, outros
dois de investidores pessoa física e
dois de investidores institucionais.
Os candidatos às vagas das corretoras têm que ser sócios de alguma
corretora.
Eduardo da Rocha Azevedo, 48
anos, é um dos sócios da Corretora
Convenção, uma das mais atuantes da Bolsa.
Conhecido nas rodas do mercado financeiro como "coxa", Azevedo ocupou a presidência da Bovespa por diversos mandatos seguido. Foi também presidente da
Bolsa Mercantil e de Futuros.
Entre suas atividades fora do circuito financeiro, Azevedo foi eleito, em 1988, vice-presidente da
Bienal de São Paulo, quando ainda
era presidente da Bovespa. Em
1990, candidatou-se a deputado federal.
Entre final do ano passado e início deste, Azevedo viveu uma das
épocas de maior frequência nas
páginas dos jornais do país (perdendo para o período em que estourou o caso Nahas).
Corintiano roxo, ele integrou,
juntamente com o economista
Ibrahim Eris, o GAP, grupo que
dava assessoria à presidência do
Corinthians.
Depois de trazer o patrocínio do
Banco Excel para o clube, o GAP
foi desfeito em função de desavenças com o próprio banco.
(VANESSA ADACHI)
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