São Paulo, quinta-feira, 14 de outubro de 2004

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TRABALHO

Auxílio de amigo ou parente foi meio usado por 66,3% em SP, diz pesquisa

"Indicação" ajuda a obter emprego

DA FOLHA ONLINE

Mais da metade das pessoas que encontraram emprego no município de São Paulo neste ano contou com a ajuda de algum conhecido. A indicação de um amigo ou parente foi o meio utilizado por 66,3% dos recém-empregados na cidade, segundo pesquisa divulgada ontem pela Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade de São Paulo.
Dentro desse grupo, 79,6% contaram com a indicação de amigos e 20,4% tiveram a ajuda de parentes para encontrar emprego.
"Os dados mostram que a inserção no mercado de trabalho se dá pelas relações pessoais", disse o secretário municipal do Trabalho de São Paulo, Marcio Pochmann.
A pesquisa mostrou que as agências de emprego só funcionaram para 7,1% dos recém-empregados em São Paulo.
A pesquisa ouviu 252 moradores da cidade que estavam desempregadas e arrumaram emprego em 2004. O levantamento foi realizado de 13 a 30 de setembro.

Metade com registro
Os novos contratados da cidade não ficaram desempregados por muito tempo. Dos entrevistados, 64,3% ficaram desempregados por, no máximo, 12 meses. "O sucesso para encontrar um emprego foi maior para quem tinha pouco tempo de desemprego."
De acordo com o levantamento, 49,2% dos novos empregados foram contratados com registro em carteira. "Desde 1999, o saldo de contratações com registro em carteira tem sido positivo."
Segundo o secretário, o novo empregado tem mais medo de perder o emprego do que de ganhar pouco ou trabalhar muito.
Essa impressão foi constatada pela pesquisa, que mostrou que 46,7% dos entrevistados têm medo de ficar desempregados novamente. No entanto só 7,4% têm medo de ter o salário reduzido e 2,6% receiam trabalhar mais.
A pesquisa mostra também que 56% dos novos contratados encontraram o tipo de trabalho que gostariam ou esperavam.
"É bom lembrar que o desempregado tem uma baixa expectativa. Isso pode explicar a elevada satisfação com o tipo de emprego encontrado", disse Pochmann.
Depois de arrumar emprego, 30% dos entrevistados disseram que sonham em comprar casa ou apartamento. Para 20,3% deles, o maior sonho de consumo é a compra de um automóvel.


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