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TRABALHO
Auxílio de amigo ou parente foi meio usado por 66,3% em SP, diz pesquisa
"Indicação" ajuda a obter emprego
DA FOLHA ONLINE
Mais da metade das pessoas que
encontraram emprego no município de São Paulo neste ano contou com a ajuda de algum conhecido. A indicação de um amigo ou
parente foi o meio utilizado por
66,3% dos recém-empregados na
cidade, segundo pesquisa divulgada ontem pela Secretaria do
Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade de São Paulo.
Dentro desse grupo, 79,6% contaram com a indicação de amigos
e 20,4% tiveram a ajuda de parentes para encontrar emprego.
"Os dados mostram que a inserção no mercado de trabalho se dá
pelas relações pessoais", disse o
secretário municipal do Trabalho
de São Paulo, Marcio Pochmann.
A pesquisa mostrou que as
agências de emprego só funcionaram para 7,1% dos recém-empregados em São Paulo.
A pesquisa ouviu 252 moradores da cidade que estavam desempregadas e arrumaram emprego
em 2004. O levantamento foi realizado de 13 a 30 de setembro.
Metade com registro
Os novos contratados da cidade
não ficaram desempregados por
muito tempo. Dos entrevistados,
64,3% ficaram desempregados
por, no máximo, 12 meses. "O sucesso para encontrar um emprego foi maior para quem tinha
pouco tempo de desemprego."
De acordo com o levantamento,
49,2% dos novos empregados foram contratados com registro em
carteira. "Desde 1999, o saldo de
contratações com registro em carteira tem sido positivo."
Segundo o secretário, o novo
empregado tem mais medo de
perder o emprego do que de ganhar pouco ou trabalhar muito.
Essa impressão foi constatada
pela pesquisa, que mostrou que
46,7% dos entrevistados têm medo de ficar desempregados novamente. No entanto só 7,4% têm
medo de ter o salário reduzido e
2,6% receiam trabalhar mais.
A pesquisa mostra também que
56% dos novos contratados encontraram o tipo de trabalho que
gostariam ou esperavam.
"É bom lembrar que o desempregado tem uma baixa expectativa. Isso pode explicar a elevada
satisfação com o tipo de emprego
encontrado", disse Pochmann.
Depois de arrumar emprego,
30% dos entrevistados disseram
que sonham em comprar casa ou
apartamento. Para 20,3% deles, o
maior sonho de consumo é a
compra de um automóvel.
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