DA REPORTAGEM LOCAL

As vendas do comércio paulista para o Dia das Crianças subiram de 2,2% a 2,6%, em média, na comparação com igual período de 2003, segundo levantamento da Associação Comercial de São Paulo e da Fecomercio SP. Com esse resultado, os lojistas esperam um Natal "morno", o que significa faturar entre 2% e 3% mais do que em igual período de 2003.
Do dia 1º ao dia 12 deste mês, as consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), indicador das vendas a prazo, subiram 2,3% na comparação com igual período do ano passado. As consultas ao Usecheque, termômetro das vendas à vista, aumentaram 2% no período, segundo a associação.
Emílio Alfieri, economista da ACSP, diz que, apesar do Dia das Crianças, as vendas a prazo esfriaram neste mês. De janeiro a setembro deste ano, as consultas ao SPC subiram 7,4% na comparação com igual período do ano passado. "Esses números mostram que as crianças ganharam presentinhos e que as vendas perderam fôlego em outubro."
A partir desse mês, as vendas deverão crescer num ritmo menor porque a base de comparação é com períodos melhores de vendas em 2003 -a economia começou a mostrar sinais de recuperação a partir do segundo semestre do ano passado. "A possibilidade de as vendas crescerem já não é tão grande, pois a capacidade de endividamento do consumidor já se esgotou. A expansão nas vendas só volta a acontecer com aumento do emprego e da renda."
A Fecomercio SP fez um levantamento com 120 lojistas entre os dias 11 e 13 deste mês e constatou um aumento médio de 2,6% no faturamento das lojas por conta do Dia das Crianças. No mesmo período do ano passado as vendas caíram 6% em relação a 2002.
As lojas de roupas, calçados e brinquedos registraram aumento de 2,8% no faturamento, no período. As lojas de eletroeletrônicos, de 2,4%. Na comparação com outras datas comemorativas neste ano, o Dia das Crianças foi o que registrou menor crescimento sobre igual período de 2003.
Segundo levantamento da Fecomercio SP, o consumidor comprou mais a prazo do que à vista -38% das compras foram financiadas; 36%, pagas com cartão de crédito e 20%, pagas à vista. Apenas 6% dos consumidores pagaram com cheque pré-datado. O valor médio do presente foi de R$ 33. No ano passado esse número foi mais alto -R$ 37.
(FÁTIMA FERNANDES)


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