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Simulações para
este ano indicam
resultado melhor
DA REPORTAGEM LOCAL
Como os dados publicados
ontem referem-se ao desempenho dos países até dezembro
de 2003, foi feita uma simulação na tentativa de obter um resultado mais atual. Nela, o Brasil deixa de ocupar a 49ª posição no chamado Índice de
Competitividade Global registrado em 2003 e passa para a
44ª colocação, na melhor das
hipóteses. Esse indicador global integra os dois apresentados ontem pelo Fórum Econômico Mundial -relativos à
competitividade dos negócios e
ao crescimento competitivo.
"Passamos para a 44ª ou 45ª
colocação, pelas nossas contas,
se considerarmos as mudanças
macroeconômicas que o país
atravessou neste ano", diz Carlos Arruda, diretor de Desenvolvimento e Finanças da Fundação Dom Cabral. A entidade,
ao lado da Fiesp, fez ontem a
apresentação de um ranking
próprio de competitividade.
Pelos dados do Fórum Econômico Mundial, numa lista de
104 países, o Brasil está na posição de número 96 no ranking
de países com melhores indicadores macroeconômicos (juros, inflação) em 2003. Na avaliação de Arruda, o Brasil poderia passar para a posição de número 56 em 2004.
"É possível fazer esse cálculo
ao considerarmos mudanças
como queda nos juros cobrados pelo mercado e o bom desempenho da balança comercial por conta das exportações", afirmou.
Os indicadores macroeconômicos do país melhoraram
neste ano, com a queda da taxa
Selic -de 26,5% no ano passado para 16,25%-, superávit
nas transações externas, queda
no risco-país e superávit recorde da balança comercial.
Para a fundação, o Brasil perde pontos nos rankings mundiais por causa dos problemas
relativos a avanços tecnológicos (que têm grande peso nos
cálculos das posições dos países) e pelas questões ligadas a
capital (como crédito caro e
"spread" bancário elevado).
"O que os números mostram
é que as reclamações da indústria em relação às dificuldades
em se obter capital não são
choradeira. É um problema
que emperra o país", afirmou
ontem Paulo Skaf, presidente
da Fiesp.
(AM)
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