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RANKING
País ganha sete posições e lidera o 3º bloco, dos "parcialmente fechados"
Brasil é a 72ª economia mais aberta
SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK
O Brasil é o 72º colocado quando o critério é a abertura da economia. A classificação é de estudo
feito pela Fundação Heritage em
156 países. É o nono ano em que a
ONG conservadora sediada em
Washington realiza esse tipo de
levantamento. No ano passado, o
Brasil estava na 79º colocação.
O país lidera o terceiro bloco,
dos países "parcialmente fechados", atrás dos blocos dos países
"livres" e dos "parcialmente livres", mas à frente dos "fechados"
(por instabilidade econômica ou
política, ficaram fora do levantamento Angola, Burundi, Congo,
Iraque e Sudão).
Para a entidade, que leva 50 variáveis em conta em sua classificação (como políticas comercial, fiscal e monetária, intervenção governamental e direitos de propriedade e regulamentação), o
Brasil melhorou no último ano,
mas tem muito o que mudar para
entrar no bloco seguinte.
Os critérios que mais contribuem para que o Brasil apareça
entre os parcialmente fechados
são o comércio exterior muito regulamentado e a atuação relativamente livre da pirataria no país.
Para a Heritage, "a economia brasileira ainda tem problemas estruturais que impedem seu crescimento a longo prazo".
Segundo o estudo, o Brasil conta com "um sistema fiscal complicado, barreiras para o investimento externo em alguns setores,
grande controle governamental
no setor de energia e financeiro,
um sistema judiciário fraco e uma
abundância de burocracia".
Na política comercial, são criticadas as tarifas cobradas de produtos provenientes de países fora
do Mercosul, assim como a burocracia para os importadores e a
lentidão da introdução de padrões fitossanitários. A pesquisa
acredita que a presença do governo na economia ainda é grande.
O grupo que o Brasil lidera é dominado por países africanos, árabes e ex-repúblicas soviéticas; não
há nele nenhuma economia que
figure entre as 15 maiores do
mundo, à exceção do próprio
Brasil. Empatados no mesmo 72º
lugar estão Colômbia, Malásia,
Mali, Maurício, Mongólia, Nicarágua e Suazilândia.
Entre os latino-americanos, o
Brasil está atrás do Chile, Peru,
Bolívia e Argentina. O Chile, aliás,
é o mais bem colocado da América Latina: 16º lugar, o líder do grupo dos "parcialmente livres". A
classificação geral é liderada pelo
nono ano consecutivo por Hong
Kong, avaliada como "a economia mais aberta do mundo", seguida por Cingapura, Luxemburgo, Nova Zelândia e Irlanda.
Os Estados Unidos estão empatados em sexto lugar, com Dinamarca e Estônia. O último colocado, no grupo dos "fechados", é a
Coréia do Norte, precedida por
Cuba, Zimbábue e Laos. Entre todos os pesquisados deste ano, 74
apresentaram mais abertura econômica, contra 49 que teriam se
tornado mais fechados.
"Apesar de os índices só melhorarem a cada ano desde o primeiro estudo, de 1995, a maioria das
economias do mundo hoje são fechadas ou parcialmente fechadas", disse o presidente da fundação, Edwin Feulner.
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