São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 2002

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BARRIL DE PÓLVORA

Cotação em Londres é a menor em oito meses, e em NY a menor em cinco meses; Bolsas reagem com alta

Recuo do Iraque derruba preço do petróleo

DA REDAÇÃO

O petróleo desabou ontem nos mercados internacionais depois que o Iraque aceitou os termos do ultimato da ONU (Organização das Nações Unidas). Em Londres, o barril atingiu a cotação mais baixa em oito meses, e em Nova York, o preço foi o menor em cinco meses. As Bolsas também reagiram com euforia e dispararam logo após o anúncio iraquiano, mas cederam ao longo do pregão e fecharam praticamente estáveis.
Em Londres, na Bolsa Internacional do Petróleo, o barril recuou 4,3%, encerrando a US$ 22,70, a menor cotação desde o dia 5 de março. Durante o dia, o óleo chegou a ser negociado a US$ 22,60.
Na Bolsa Mercantil de Nova York, o barril sofreu uma desvalorização de 2,74%, para US$ 25,19, o menor valor desde 12 de junho. Durante o pregão, o produto chegou a ser negociado a US$ 24,92.
Mas, a despeito da boa reação dos mercados, os analistas ainda estão céticos e consideram que dificilmente Saddam Hussein atenderá a todas as exigências dos inspetores de armas da ONU.
"Por enquanto, os EUA não têm um motivo imediato para um ataque militar, mas seria ingenuidade imaginar que Saddam Hussein vai cooperar completamente", disse Tim Evans, analista de energia da corretora IFR Pegasus.
No ano passado, o Iraque foi o oitavo maior exportador de petróleo. De acordo com os analistas, uma guerra contra o país de Saddam Hussein tiraria do mercado um importante fornecedor, além de trazer consigo o risco de uma grande instabilidade no escoamento de todo o Oriente Médio. Durante a Guerra do Golfo (1991), as cotações chegaram a passar de US$ 40.


Com agências internacionais

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