São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 2002

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ENERGIA

Motivo é mudança no ICMS

Combustíveis sobem em 18 Estados e no DF

DA SUCURSAL DO RIO

Em consequência do aumento da base de cálculo do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), os preços da gasolina, do diesel e do álcool hidratado subirão a partir de sábado em 18 Estados e no DF.
Os Estados em que haverá aumentos nos preços dos derivados de petróleo são Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
No Rio, segundo o Sindcomb (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo), o preço do litro da gasolina vai subir R$ 0,050. O diesel, R$ 0,040. O álcool hidratado, R$ 0,076.
O sindicato informou que o aumento no Rio de Janeiro será maior do que nos outros Estados e no Distrito Federal por causa do percentual do ICMS que incide sobre o valor final do produto.
No Rio, o ICMS representa 30% dos preços cobrados nas refinarias. O sindicato informou que o aumento será repassado para os postos já a partir de sábado.
Segundo calcula o Sindcomb, com o aumento do imposto, o preço médio final da gasolina passará, no Estado do Rio, de R$ 1,7260 para R$ 1,8969.
No caso do diesel, o preço médio final cobrado a partir de sábado será de R$ 1,1869 (hoje é R$ 1,0340), segundo o sindicato.
O álcool hidratado terá o preço médio nos postos de combustíveis fluminenses reajustados de R$ 1,0270 para R$ 1,2816, prevê o Sindcomb.
A última pesquisa de preços de derivados de petróleo, realizada na semana passada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), apurou que no Rio o preço médio da gasolina é de R$ 1,897.

Mistura de álcool
O governo está estudando diminuir o nível de álcool na gasolina como medida para evitar desabastecimento do produto em 2003, antes do começo da nova safra. A decisão ainda não foi tomada porque, se optar por diminuir a quantidade de álcool, o governo provoca novo aumento da gasolina e pressiona a inflação. Se decidir não mexer na mistura, correrá o risco de falta de álcool no mercado.
O nível atual de álcool na gasolina é 25%. Se houver redução para 20%, há impacto de 3% no preço da gasolina vendida ao consumidor em São Paulo e 0,9% no Rio de Janeiro. Se o nível for reduzido para 22% -hipótese mais provável-, o aumento da gasolina é de 1,8% em São Paulo e 0,5% no Rio.


Colaborou Humberto Medina, da Sucursal de Brasília

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