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São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 2003

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Empresários dizem que Brasil está isolado

FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON

O acordo sobre o prazo inicial da Alca não elimina os obstáculos que dificultam a negociação. A Câmara de Comércio dos EUA, representante das 75 maiores empresas norte-americanas com negócios no Brasil, afirmou ontem que não interessa ao órgão uma Alca nos moldes perseguidos pelas autoridades brasileiras.
De acordo com John Murphy, vice-presidente da entidade, os empresários americanos estão fazendo um pesado lobby no USTr (responsável pelas negociações comerciais no país) e no Congresso do país para que a Alca seja "um anel de ouro" na lista de recentes acordos comerciais dos Estados Unidos. "O isolamento do Brasil na posição de não aceitar todos os termos para a Alca é óbvio", afirma Murphy. "E está claro que o Brasil não terá acesso ao mercado dos Estados Unidos se não aceitar as condições que vem evitando para o acordo", afirmou.
Murphy afirma que os empresários norte-americanos querem que o Brasil aceite, basicamente, "as mesmas condições" que o Chile para poder entrar na Alca.
"Mesmo no Brasil e dentro do próprio governo, já temos entidades e pessoas que concordam com a nossa posição."
Ele citou os ministros Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) e Roberto Rodrigues (Agricultura) como membros da "ala pragmática" do Brasil nas negociações da Alca.


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