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Empresários dizem que Brasil está isolado
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
O acordo sobre o prazo inicial
da Alca não elimina os obstáculos
que dificultam a negociação. A
Câmara de Comércio dos EUA,
representante das 75 maiores empresas norte-americanas com negócios no Brasil, afirmou ontem
que não interessa ao órgão uma
Alca nos moldes perseguidos pelas autoridades brasileiras.
De acordo com John Murphy,
vice-presidente da entidade, os
empresários americanos estão fazendo um pesado lobby no USTr
(responsável pelas negociações
comerciais no país) e no Congresso do país para que a Alca seja
"um anel de ouro" na lista de recentes acordos comerciais dos Estados Unidos. "O isolamento do
Brasil na posição de não aceitar
todos os termos para a Alca é óbvio", afirma Murphy. "E está claro
que o Brasil não terá acesso ao
mercado dos Estados Unidos se
não aceitar as condições que vem
evitando para o acordo", afirmou.
Murphy afirma que os empresários norte-americanos querem
que o Brasil aceite, basicamente,
"as mesmas condições" que o
Chile para poder entrar na Alca.
"Mesmo no Brasil e dentro do
próprio governo, já temos entidades e pessoas que concordam
com a nossa posição."
Ele citou os ministros Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento)
e Roberto Rodrigues (Agricultura) como membros da "ala pragmática" do Brasil nas negociações
da Alca.
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