São Paulo, terça-feira, 14 de novembro de 2006

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Mercado já prevê crescimento para este ano abaixo de 3%

ANA PAULA RIBEIRO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

A queda na produção industrial brasileira fez o mercado financeiro reduzir a previsão para o crescimento da economia deste ano. Os analistas ajustaram a projeção para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) em 2006 de 3% para 2,97% na última semana. Para o ano que vem, a expectativa foi mantida em 3,5%, segundo o boletim Focus divulgado ontem pelo Banco Central.
A revisão aconteceu após o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgar, na semana passada, que a produção industrial caiu 1,4% em setembro na comparação com agosto.
O BC ainda prevê que a economia cresça 3,5% neste ano. Já a projeção do Ministério da Fazenda é de 3,7%. O governo deverá fazer uma nova revisão após o IBGE divulgar o PIB do terceiro trimestre, o que irá ocorrer no final deste mês.
Para a produção industrial, os analistas projetam incremento de 3,12% em 2006, ante 3,4% previstos no levantamento anterior. Essa redução também reflete o resultado ruim da indústria em setembro.
Sobre a inflação, o mercado fez um pequeno ajuste que elevou de 3% para 3,05% a previsão do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para 2006. O índice do ano que vem foi reduzido de 4,14% para 4,12%. A meta do governo é uma inflação de 4,5% nos dois anos -ou seja, acima do previsto pelo mercado.
Outros índices de inflação que tiveram as previsões deste ano elevadas pelos analistas de mercado foram o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna), que passou de 3,19% para 3,7%, e o IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado), de 3,43% para 3,67%.
Sobre a taxa de juros, os analistas mantiveram a previsão de que a Selic encerrará o ano em 13,25% ao ano. Para que isso aconteça, o mercado acredita que haverá um corte de 0,5 ponto percentual nos juros em novembro, quando haverá a última reunião de 2006.
Após o provável corte de novembro, o mercado aposta em um gradualismo maior do BC para que a taxa chegue a 12% ao final de 2007.


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