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Mercado já prevê crescimento para este ano abaixo de 3%
ANA PAULA RIBEIRO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
A queda na produção industrial brasileira fez o mercado financeiro reduzir a previsão para o crescimento da economia
deste ano. Os analistas ajustaram a projeção para a expansão
do PIB (Produto Interno Bruto) em 2006 de 3% para 2,97%
na última semana. Para o ano
que vem, a expectativa foi mantida em 3,5%, segundo o boletim Focus divulgado ontem pelo Banco Central.
A revisão aconteceu após o
IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) divulgar, na semana passada, que a
produção industrial caiu 1,4%
em setembro na comparação
com agosto.
O BC ainda prevê que a economia cresça 3,5% neste ano.
Já a projeção do Ministério da
Fazenda é de 3,7%. O governo
deverá fazer uma nova revisão
após o IBGE divulgar o PIB do
terceiro trimestre, o que irá
ocorrer no final deste mês.
Para a produção industrial,
os analistas projetam incremento de 3,12% em 2006, ante
3,4% previstos no levantamento anterior. Essa redução também reflete o resultado ruim da
indústria em setembro.
Sobre a inflação, o mercado
fez um pequeno ajuste que elevou de 3% para 3,05% a previsão do IPCA (Índice de Preços
ao Consumidor Amplo) para
2006. O índice do ano que vem
foi reduzido de 4,14% para
4,12%. A meta do governo é
uma inflação de 4,5% nos dois
anos -ou seja, acima do previsto pelo mercado.
Outros índices de inflação
que tiveram as previsões deste
ano elevadas pelos analistas de
mercado foram o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna), que passou de
3,19% para 3,7%, e o IGP-M
(Índice Geral de Preços Mercado), de 3,43% para 3,67%.
Sobre a taxa de juros, os analistas mantiveram a previsão de
que a Selic encerrará o ano em
13,25% ao ano. Para que isso
aconteça, o mercado acredita
que haverá um corte de 0,5
ponto percentual nos juros em
novembro, quando haverá a última reunião de 2006.
Após o provável corte de novembro, o mercado aposta em
um gradualismo maior do BC
para que a taxa chegue a 12% ao
final de 2007.
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