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São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 2003

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Expansão ocorre em três etapas, diz economista

DA REPORTAGEM LOCAL

O economista Armando Castelar Pinheiro, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), argumenta que a retomada da economia vai se dar em três etapas. Na primeira, reagiriam os setores de bens de capital (máquinas e equipamentos) e de bens de consumo duráveis e semi-duráveis (automóveis e eletroeletrônicos).
"Quando ocorre retração econômica, eles são os que acusam mais rapidamente os efeitos. Mas são, também, os que mais rápido fazem o caminho inverso", diz o economista.
Em outubro, o setor de bens de capital registrou a quarta expansão seguida, de 3,8%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No ano, segundo estudo do consultor Fábio Silveira, a produção de bens de capital deverá encolher 1,5%. Para 2004, as projeções de Silveira são de um salto de 10%. "Mas esse setor não gera emprego, nem alavanca a renda", diz.
De sua parte, a produção da indústria automobilística deverá aumentar entre 10% e 11% em 2004, de acordo com as projeções da consultoria LCA e da F Silveira Consultoria, respectivamente. Isso significaria passar de 1,8 milhão de unidades, a estimativa deste ano, para próximo de 2 milhões.
O setor de eletroeletrônicos deverá registrar uma retração de 5,4%, estima Silveira. Para 2004, sua projeção é de crescimento de 13%. A da LCA, mais modesta, é expansão de 6,5%.
O segundo degrau nesse processo de retomada da economia seria ocupado pelos bens intermediários (siderurgia, celulose, cimento, produtos químicos e materiais plásticos). O último a se recuperar, segundo os economistas, será a construção civil, que encolheu 7,7% de janeiro a setembro .


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