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NOVA FASE
Fed aumenta taxa para 4,25%; mudança no comunicado leva analistas a acreditar que em breve aperto monetário termina
EUA elevam juro, mas indicam fim de ciclo
DA REDAÇÃO
O banco central dos Estados
Unidos aumentou sua taxa de juros básica em 0,25 ponto percentual pela 13ª vez em sua reunião
de ontem. No entanto, pela primeira vez desde o começo do movimento de alta dos juros, em junho de 2004, mudou a frase de seu
comunicado que dizia que a política de juros era "acomodativa".
A mudança fez parte dos analistas acreditar que o aperto da política monetária está chegando ao
fim, já que a frase em questão era
entendida como um sinal de que
o Fed acreditava que o nível dos
juros impulsionava o crescimento. Agora, com a mudança, muitos analistas entendem que o Fed
considera que está perto da taxa
"neutra", que não freia nem impulsiona a economia e que é o objetivo do órgão neste momento.
A taxa foi para 4,25% ontem, a
maior em quatro anos e meio. O
Fed começou a aumentar os juros
em 2004, quando eles estavam em
1%, o menor valor em 46 anos.
Alguns analistas acreditam que
o Fed ainda deva subir os juros na
próxima reunião e até mesmo nas
próximas duas. "Acho que o Fed
está bastante determinado a aumentar a taxa em janeiro, mas depois disso não se sabe", disse Bill
Cheney, economista do John
Hancock Financial Services.
Outros analistas acreditam que
a remoção da palavra "acomodativa" significa que o Fed examinará os dados econômicos antes de
cada reunião para avaliar a necessidade de uma alta nos juros.
A visão de que mais uma ou
duas altas nos juros são prováveis
é reforçada por outra frase do comunicado do Fed, em que o órgão
diz que "o Comitê julga que um
pouco mais de firmeza na política
monetária provavelmente será
necessária" para manter o equilíbrio entre crescimento sustentado e estabilidade de preços.
A próxima reunião do Fed
acontece no dia 31 de janeiro e será a última do atual presidente do
órgão, Alan Greenspan, que deixa
o posto após 18 anos e meio.
Novo comando
No dia seguinte à reunião, o economista Ben Bernanke deve assumir o posto, se for confirmado pelo Senado. Bernanke defende a
adoção de metas explícitas de inflação e pode adotar outras mudanças, o que aumenta a incerteza
sobre o que acontecerá nas reuniões seguintes.
O comunicado do Fed afirma
que o núcleo da inflação (que exclui preços de alimentos e energia,
mais voláteis) está baixo e que as
pressões inflacionárias de longo
prazo estão controladas, mas alerta de que os preços de energia e o
aumento da utilização de recursos
podem aumentar as pressões.
O mercado norte-americano
respondeu positivamente à decisão do Fed. A Bolsa de Nova York,
que estava caindo antes do anúncio, subiu 0,5%.
Com agências internacionais
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