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UM ANO DEPOIS
Ex do BC terá empresa de serviços financeiros
Gustavo Franco encerra quarentena
da Reportagem Local
O ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco, 44, está encerrando a quarentena a que se
impôs depois de deixar o governo, há um ano.
Ele se associou a dois ex-funcionários do Banco Pactual
-Luiz Cláudio Garcia de Souza
e Paulo Bilyk- para montar a
Rio Bravo Securitas, empresa de
serviços financeiros, ainda sem
data para iniciar a operação.
A empresa dos brasileiros será
associada à Securitas, braço da
suíça Swiss Re (segunda maior
resseguradora do mundo) para
investimentos. A empresa suíça
já é parceira do sócio Luiz Cláudio Garcia de Souza em uma seguradora.
A criação da empresa de serviços financeiros será a primeira
investida do ex-presidente do BC
na iniciativa privada.
Gustavo Franco foi o primeiro
ex-funcionário do alto-escalão
do governo a se impor uma quarentena depois de deixar um cargo público.
"Eu entendo que a quarentena
deveria existir como lei. O fato de
não existir não deve impedir que
ex-integrantes do governo a façam", disse.
A quarentena, segundo ele, deve existir para evitar conflitos de
interesses.
Professor da PUC (Pontifícia
Universidade Católica) do Rio de
Janeiro, Franco, um dos idealizadores do Real, deixou o governo
no dia 13 de janeiro do ano passado, data em que foi anunciada
a alteração na banda cambial,
que levou à maxidesvalorização
da moeda.
À época, o país vivia um período de turbulência, impulsionada
pelo anúncio de moratória do
governador de Minas Gerais, Itamar Franco. A fuga do capital especulativo do mercado brasileiro
chegava a R$ 1 bilhão por dia, às
vésperas da saída de Franco.
Ele trabalhou no BC por seis
anos, respondendo pela presidência do órgão por um período
de ano e cinco meses.
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