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AVIAÇÃO
Passagens aéreas não devem ficar mais caras
Custo das empresas será de 5% a mais
SILVANA QUAGLIO
da Reportagem Local
O custo das companhias aéreas
ficará cerca de 5% maior por causa da desvalorização do real. A
estimativa é do presidente do
Sindicato das Empresas Aeroviárias, brigadeiro Mauro Gandra.
Ele não acredita que haverá aumento no preço das passagens
aéreas nos vôos domésticos. "Depois da revolução das tarifas
ocorrida no ano passado, as empresas não vão repassar esse aumento de custo para o preço das
passagens", afirmou.
O presidente da Varig confirmou essa previsão do brigadeiro.
"Não haverá mudança na política de descontos", afirmou Fernando Pinto, segundo sua assessoria. Ele ressaltou, ainda, que o
provável aumento no turismo receptivo (do exterior para o Brasil) vai gerar mais dólares para o
país e para as companhias que
vendem passagens no exterior ou
para os vôos internacionais.
Segundo o brigadeiro, as empresas poderão optar pela redução das promoções. O aumento
do custo acontece porque grande
parte do insumos utilizados pela
empresas aéreas -desde o arrendamento das aeronaves até o
treinamento de pessoal no exterior- é calculado em dólar.
Fora isso, a maioria das empresas têm empréstimos em moeda
estrangeira. Essas dívidas aumentaram mais de 8% de um dia
para o outro. "A situação das empresa não é confortável porque as
receitas caíram muito em 97 em
razão da drástica redução das tarifas, mas a concorrência não
permitirá o aumento dos preços.
A Folha apurou que as empresas deverão reduzir o número de
vôos depois do Carnaval.
Segundo Tasso Gadzanis, presidente da Abav (que reúne os
agentes de viagens) de São Paulo,
a mudança já era esperada e o setor não deverá sofrer com ela.
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