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Lafer inicia aproximação com PSDB
da Sucursal de Brasília
O ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio, Celso Lafer,
iniciou aproximação com a bancada do PSDB. Os parlamentares
pressionaram para que ele assuma
de fato a função de interlocutor do
empresariado.
O encontro se deu na noite de anteontem na casa do senador Geraldo Melo (PSDB-RN).
Foram convidados outros 12 senadores, seis deputados, o ministro das Comunicações e articulador político do governo, Pimenta
da Veiga, e o secretário de Relações
Institucionais da Presidência da
República, Eduardo Graeff.
Lafer chegou às 21h30 acompanhado pelo presidente da Fiesp
(Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Horacio Lafer Piva, que é seu primo.
Ambos foram os últimos a sair,
por volta da 1h. Outro empresário,
Emerson Kapaz, deputado eleito
pelo PSDB paulista, também esteve no jantar.
Defesa
A Folha apurou que, durante sua
exposição de cerca de 15 minutos,
o ministro deixou claro que não
vai se contrapor à atual política
econômica ditada pelo Ministério
da Fazenda.
Argumentou aos parlamentares
que, sem a estabilidade da moeda,
não será possível a retomada do
crescimento econômico.
Mas deixou nos parlamentares a
impressão de que não será completamente "submisso" às decisões de seu colega Pedro Malan
(Fazenda), com quem Lafer negociou a redução da TJLP (Taxa de
Juros de Longo Prazo) antes de tomar posse em seu cargo.
Durante a fase de ajuste fiscal,
Lafer afirmou que deverá estruturar seu ministério e organizar os
programas de estímulo aos setores
produtivos que espera implementar em um período posterior.
Ao longo do jantar, Lafer se apresentou como um dos integrantes
do PSDB. Dirigiu-se a eles como
"senadores e deputados do meu
partido".
O ministro, entretanto, passou a
maior parte do tempo ouvindo as
queixas dos parlamentares contra
as dificuldades enfrentadas pelo
setor produtivo: as altas taxas de
juros, a tributação acentuada sobre a produção, a legislação trabalhista, a ausência de uma política
industrial e o destino da Zona
Franca de Manaus.
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