São Paulo, terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

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Brasil pressiona na OMC por rascunho até julho

DA REDAÇÃO

Os negociadores da liberalização do comércio dos principais países têm que pressionar para que um tratado abrangente comece a ser escrito em julho, segundo o diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Supachai Panitchpakdi, e representantes dos EUA, da UE (União Européia) e do Brasil.
Os representantes dizem que as negociações para um tratado de liberalização que inclua corte de subsídios, de tarifas e de outras barreiras comerciais, que se arrastam há quatro anos, têm que ser aceleradas para a convenção que ocorre no final deste ano, em Hong Kong.
Delegações dos 148 países-membros da OMC se reúnem nesta semana na sede do organismo, em Genebra, para a apresentação de resultados de uma rodada de negociação do tratado.
"Até julho, nós temos que ter um rascunho de tudo", disse Clodoaldo Hugueney, representante do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. "Em julho, tem que estar claro se nós estamos no caminho para Hong Kong, e, se não estivermos, precisamos ver o que precisa ser feito para chegar lá", afirmou Hugueney.
"Para isso, é claro que temos de acelerar o ritmo das negociações aqui em Genebra. Senão, é apenas um sonho," disse o representante brasileiro.
O subchefe do comércio exterior dos EUA, Peter Allgeier, disse que esperava que os membros chegassem a um rascunho do texto do tratado nos próximos meses. "Estamos tentando com muito empenho ir em frente com as negociações", afirmou.
"Nós precisamos completar essa rodada até 2006. As pessoas entendem que, para isso, precisamos ter um documento final até a reunião de Hong Kong", disse.

Rodada Doha
Na Rodada Doha, em 2001, o plano era criar um novo tratado global de comércio até o final de 2004. Em 2003, no México, porém, as negociações entraram em colapso por causa das discordâncias sobre agricultura e sobre regras de investimento para países ricos e pobres.
Reuniões em julho do ano passado, em Genebra, levaram a avanços nas negociações de cortes de tarifas no comércio agrícola e de cortes em subsídios agrícolas em nações desenvolvidas.
Carlo Trojan, embaixador da UE, advertiu, porém, que, "desta vez, o processo será mais complicado que em julho [de 2004], já que a conexão de vários elementos do pacote será crucial".


Com agências internacionais


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