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Brasil pressiona na OMC por rascunho até julho
DA REDAÇÃO
Os negociadores da liberalização do comércio dos principais
países têm que pressionar para
que um tratado abrangente comece a ser escrito em julho, segundo o diretor-geral da OMC
(Organização Mundial do Comércio), Supachai Panitchpakdi,
e representantes dos EUA, da UE
(União Européia) e do Brasil.
Os representantes dizem que as
negociações para um tratado de
liberalização que inclua corte de
subsídios, de tarifas e de outras
barreiras comerciais, que se arrastam há quatro anos, têm que ser
aceleradas para a convenção que
ocorre no final deste ano, em
Hong Kong.
Delegações dos 148 países-membros da OMC se reúnem
nesta semana na sede do organismo, em Genebra, para a apresentação de resultados de uma rodada de negociação do tratado.
"Até julho, nós temos que ter
um rascunho de tudo", disse Clodoaldo Hugueney, representante
do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. "Em julho, tem
que estar claro se nós estamos no
caminho para Hong Kong, e, se
não estivermos, precisamos ver o
que precisa ser feito para chegar
lá", afirmou Hugueney.
"Para isso, é claro que temos de
acelerar o ritmo das negociações
aqui em Genebra. Senão, é apenas
um sonho," disse o representante
brasileiro.
O subchefe do comércio exterior dos EUA, Peter Allgeier, disse
que esperava que os membros
chegassem a um rascunho do texto do tratado nos próximos meses. "Estamos tentando com muito empenho ir em frente com as
negociações", afirmou.
"Nós precisamos completar essa rodada até 2006. As pessoas entendem que, para isso, precisamos ter um documento final até a
reunião de Hong Kong", disse.
Rodada Doha
Na Rodada Doha, em 2001, o
plano era criar um novo tratado
global de comércio até o final de
2004. Em 2003, no México, porém, as negociações entraram em
colapso por causa das discordâncias sobre agricultura e sobre regras de investimento para países
ricos e pobres.
Reuniões em julho do ano passado, em Genebra, levaram a
avanços nas negociações de cortes
de tarifas no comércio agrícola e
de cortes em subsídios agrícolas
em nações desenvolvidas.
Carlo Trojan, embaixador da
UE, advertiu, porém, que, "desta
vez, o processo será mais complicado que em julho [de 2004], já
que a conexão de vários elementos do pacote será crucial".
Com agências internacionais
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