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BNDES prevê que os empréstimos ficarão estáveis
DA SUCURSAL DO RIO
Principal financiador para a
compra de máquinas e equipamentos no país, o BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) já
espera desaceleração do setor
nesta safra, com empréstimos
praticamente estagnados.
O Moderfrota, programa do
BNDES que financia a compra
de máquinas agrícolas com juros especiais (abaixo dos de
mercado), conta com orçamento de R$ 5,5 bilhões na safra 2004/5.
O BNDES possui ainda outros R$ 300 milhões para financiar máquinas agrícolas por
meio de uma linha de crédito
com juros um pouco mais altos
-13,95% ao ano. Pelo Moderfrota, as taxas são fixas e variam
de 9,75% para agricultores com
renda até R$ 150 mil a 12,75%
para quem tem rendimento
acima desse valor.
Somadas as duas linhas, há
crescimento de só 6% em relação ao que foi emprestado na
safra 2003/4 -R$ 5,46 bilhões.
De acordo com o superintendente de Operações Indiretas
do BNDES, Claudio Bernardo
de Moraes, a expansão será
menor nesta safra, já que a rentabilidade do campo caiu com
a redução dos preços externos.
Não se repetirão, segundo ele,
crescimentos da ordem de 50%
nos financiamentos como os
vistos em anos anteriores.
Moraes diz que é possível que
o volume de máquinas vendidas seja até menor, mas só não
haverá queda nos empréstimos
porque os preços subiram. "A
nossa política é de estímulo.
Mas, para que as compras
aconteçam, é preciso que o setor tenha uma boa margem."
Além dos preços, ele citou o
recuo do dólar como fator que
inibe os investimentos no campo, já que os exportadores recebem menos reais por seus produtos vendidos no exterior.
Lançado em 2000, o Moderfrota terá mudanças neste ano.
Antes, o Tesouro arcava com a
diferença se os juros de referência -no caso, a TJLP- subissem, já que o percentual para o
tomador é fixo. Nem o BNDES
nem o financiado perdiam.
Agora, serão descontados 4%
do valor da máquina vendida
pelo fabricante. O dinheiro servirá para compor um fundo
para bancar as eventuais variações da TJLP. Nesse caso, a indústria recebe menos pelo produto, mas desonera o Tesouro.
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