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Fed vê expansão moderada e inflação menor
Bernanke aponta crescimento sustentável e preços em queda neste ano nos EUA, e mercados têm alta pelo mundo
Presidente do BC dos EUA diz, no entanto, que inflação continua a ser a
preocupação predominante e que órgão agirá se vir risco
DA REDAÇÃO
O presidente do Fed (Federal
Reserve, o BC dos EUA), Ben
Bernanke, afirmou ontem ao
Comitê Bancário do Senado
americano que o país deverá
crescer moderadamente neste
ano e a inflação tende a cair. Os
mercados pelo mundo interpretaram de forma positiva o
discurso, e as Bolsas subiram.
No Brasil, a Bovespa bateu recorde.
"A economia dos EUA parece
estar fazendo uma transição
das rápidas taxas de expansão
dos últimos anos para um ritmo de crescimento mais sustentável", disse o presidente do
Fed em seu primeiro discurso
ao Congresso depois que a oposição democrata passou a ter
maioria na Casa.
Para o presidente do Fed, caso os preços do petróleo continuem a cair, as pressões inflacionárias diminuirão e os "benefícios" da queda do combustível serão sentidos por vários
setores da economia.
Porém Bernanke reiterou
duas vezes em seu discurso previamente escrito que a inflação
continua a ser o tema "predominante" de preocupação do
Fed. Ele alertou de que o organismo está "pronto para agir"
(elevar os juros) caso surjam
novos riscos de inflação.
E, apesar das melhoras recentes nos índices do núcleo da
inflação (que exclui preços voláteis, como alimentos e energia), o dirigente do BC dos EUA
disse que os riscos continuam
"de certa forma elevados".
Bernanke, que completou
um ano no comando do Fed no
dia 1º deste mês, afirmou que o
enfraquecimento do setor imobiliário, com baixa procura e
preços descendentes, não parece ter tido um efeito muito
grande nas demais áreas da
economia americana. "Os gastos do consumidor continuaram a expandir a taxas sólidas,
e a procura por trabalhadores
permaneceu forte."
Na sua última reunião, no
fim de janeiro, o Fed manteve
em 5,25% a taxa de juros americana. A última elevação aconteceu em julho do ano passado.
Na ocasião, o organismo disse, em um tom mais otimista do
que no último comunicado de
2006, que os indicadores recentes apontam para um crescimento econômico mais sólido e mostram "alguns sinais
tentadores" de estabilização no
setor imobiliário.
Bernanke também disse ontem que não está contente com
os déficit recorde na balança
comercial dos EUA, mas que as
medidas protecionistas fariam
mais mal do que bem ao país.
Na terça-feira, o Departamento de Comércio divulgou
que o déficit comercial do país
ficou em US$ 763,6 bilhões no
ano passado, uma expansão de
6,5% em relação a 2005.
China
Sobre a China, o presidente
do Federal Reserve afirmou
que o governo de Pequim precisa adotar política que permita
maior flexibilização do yuan, a
moeda local.
Uma das críticas que os democratas fazem ao governo de
George W. Bush é que não foi
tomada uma atitude mais forte
para conter a crescente vantagem comercial chinesa. O déficit com o pais asiático cresceu
15,4% em 2006 e chegou a US$
232,5 bilhões.
A China é acusada de manter
o câmbio artificialmente baixo,
favorecendo as suas exportações e prejudicando as indústrias de outros países, como os
Estados Unidos.
Com agências internacionais
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