São Paulo, quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

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Não é só o Brasil que comemora o salto das receitas nas exportações com o agronegócio, que ultrapassaram US$ 50 bilhões nos últimos 12 meses. Os norte-americanos também estão embolsando volume bem maior de dinheiro.

BONS PREÇOS
Com a boa evolução dos preços das commodities, o governo norte-americano estima receitas de US$ 77 bilhões neste ano com as vendas externas do agronegócio. No ano passado, as receitas foram de US$ 69 bilhões. O problema nos EUA é que as importações estão crescendo muito e encostando nas exportações.

MOAGEM CRESCE
Ao contrário do Brasil, que incentiva mais as exportações de soja em grão -que tem remuneração menor-, a Argentina avança na moagem da oleaginosa. Dados provisórios indicam que a indústria platina esmagou 33 milhões de toneladas de soja no ano passado, 15% mais do que em 2005.

RECURSOS MAIORES
Com uma política de incentivo maior para os produtos industrializados, a Argentina conseguiu elevar também em 15% as exportações de óleo de soja e em 14% as de farelo de soja em 2006, em relação ao ano anterior.

CUSTO MAIOR
Estudo da Universidade de Iowa mostra que o custo de produção de um galão de etanol (3,785 litros) nos Estados Unidos, onde o produto tem como base o milho, é de US$ 1,09. No Brasil, segundo a universidade, onde o produto vem da cana-de-açúcar, o custo é de US$ 0,83 por galão.

PRESSÃO AGRÍCOLA
A acelerada de preços das commodities injetou pressão direta na inflação. O Índice Geral de Preços-10 da FGV, de fevereiro, apontou alta de 8,51% nos produtos agrícolas no atacado, mais do que o dobro da taxa média de 4,03% para os demais itens do Índice de Preços no Atacado apurado pela FGV.

ESCALA CURTA
A arroba de boi gordo chegou a ser negociada a R$ 56 ontem no mercado paulista. O aumento no preço se deve à pouca oferta de gado para a formação de escalas de abate para depois do Carnaval. No mês, a arroba de boi acumula alta de 2,3%.

ZEBU RENDE MENOS
Os leilões com oferta de animais das raças zebuínas com aptidão para produzir carne comercializaram 37.499 lotes em 2006, segundo levantamento da revista "DBO", especializada no setor. A receita chegou a R$ 408,7 milhões, com média de R$ 10.902. A queda ficou na casa de 10% tanto para oferta como para fatura. Motivo: com a pecuária com o freio-de-mão puxado, foram negociadas menos fêmeas.


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