São Paulo, quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

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Tarifa para importar etanol pode continuar, dizem EUA

Secretário de Energia sugeriu em janeiro taxa menor

DA FOLHA ONLINE

As tarifas aplicadas nos EUA sobre as importações de álcool de países como o Brasil devem ser mantidas ao menos até o fim de 2008, disse ontem o secretário (ministro) de Energia dos EUA, Samuel Bodman.
"Não sei se devemos fazer algo para mudar o sistema que já existe", disse Bodman durante evento do setor de energia em Houston, segundo a agência de notícias "Bloomberg".
"A questão é se deveríamos estendê-lo e, se sim, de que modo [...] Isso é algo que veremos quando chegar a hora."
Ontem o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse durante o evento que a meta do presidente americano, George W. Bush, de aumentar o consumo de combustíveis alternativos -como o álcool- nos EUA para 7,5 bilhões de galões do produto em 2012 e para 35 bilhões de galões em 2017 não poderá ser atingida sob as atuais regras comerciais.
No mês passado, Bodman havia dito que os EUA teriam de reduzir a tarifa sobre a importação de álcool para cumprir a meta anunciada por Bush.
Os EUA impõem tarifa de US$ 0,54 por galão (3,785 litros) de álcool importado de fora da região do Caribe e da América Central. À época, o secretário disse que a tarifa não deveria ser mantida após 2008.
O presidente Lula deverá ir aos EUA em 31 de março para um encontro com Bush -a visita ocorrerá alguns dias após o encontro de ambos no Brasil, nos dias 8 e 9 do mesmo mês. Na pauta, a discussão sobre programas bilaterais na área de álcool, que é produzido no Brasil a partir da cana-de-açúcar, com custo de produção cerca de 40% menor que nos EUA.
As exportações brasileiras de álcool aumentaram de US$ 765 milhões em 2005 para US$ 1,6 bilhões em 2006 -principalmente para os EUA. Outros mercados importantes são Europa, Japão e América Central.


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