São Paulo, quinta-feira, 15 de março de 2007

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País puxa ganho da GM entre emergentes

Unidade brasileira responde por 40% dos negócios da GM LAAM, que inclui América Latina, África e Oriente Médio

Lucro na região é de US$ 533 mi, o melhor em dez anos; no mundo, montadora reduz perdas de US$ 10,4 bi para US$ 2 bi


DEISE DE OLIVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A General Motors do Brasil ganhou destaque na apresentação dos resultados mundiais do grupo em 2006, ontem, em Detroit. A unidade brasileira respondeu por 40% dos negócios da GM LAAM (América Latina, África e Oriente Médio), que somou US$ 533 milhões de lucro líquido em 2006 -o melhor em dez anos. Quarto maior mercado da GM, o Brasil é forte candidato a se tornar o terceiro até o final deste ano.
"O Brasil é o quarto mercado para a GM Corporate, atrás de EUA, China e Canadá. Em 2007, nosso objetivo é conseguir o terceiro lugar, ultrapassando o Canadá", diz o presidente da GM do Brasil, Ray Young. Segundo ele, os primeiros meses de venda no Brasil, neste ano (recordes até a primeira quinzena de fevereiro), tornam a meta possível.
Os "significativos ganhos" da GM brasileira em 2006 foram apontados pelo presidente mundial, Rick Wagoner, como um dos fatores do desempenho da GM LAAM. As vendas na região somaram 1 milhão de carros, com faturamento de US$ 14,6 bilhões. No Brasil, foram 410 mil unidades e faturamento de US$ 6 bilhões.
"A situação financeira melhor do Brasil ajudou o crescimento das vendas na região da GM LAAM, que foi de 17%", diz Young, que, à frente da GM brasileira há três anos, encerra um período de oito anos de prejuízos. A redução de custos das operações e a melhora no mercado interno contribuíram para o desempenho, segundo Young. No ano passado, as vendas da GM cresceram 12,23%.
Para este ano, a empresa estima aumento de 10% no volume de vendas no país. Segundo Young, é o suficiente para manter a terceira posição no mercado nacional (atrás de Fiat e Volkswagen). "Nosso objetivo não é ampliar participação do mercado, mas consolidar as vendas e o terceiro lugar", diz.
Mesmo com fila de espera de clientes para a compra de alguns modelos e projeção de aumento nas vendas, a empresa não deve abrir um terceiro turno em suas fábricas. "Depois das férias em janeiro e dos feriados em fevereiro, vamos recuperar nosso status de produção em abril. E, com a chegada dos asiáticos, nosso lema é produtividade e competitividade. Vamos produzir mais com o mesmo nível de recursos."
Maior fabricante de automóveis do mundo, a GM reduziu as perdas para US$ 2 bilhões em 2006 -ante prejuízo de US$ 10,4 bilhões em 2005. O resultado é reflexo da reestruturação das operações, sobretudo nos EUA. "Ninguém na GM está cantando vitória, pois sabemos que há muito trabalho a fazer para alcançar os objetivos de crescimento sustentável, rentabilidade e geração de fluxo de caixa", disse o presidente mundial da GM, Rick Wagoner.


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