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País puxa ganho da GM entre emergentes
Unidade brasileira responde por 40% dos negócios da GM LAAM, que inclui América Latina, África e Oriente Médio
Lucro na região é de US$ 533 mi, o melhor em dez anos; no mundo,
montadora reduz perdas de US$ 10,4 bi para US$ 2 bi
DEISE DE OLIVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A General Motors do Brasil
ganhou destaque na apresentação dos resultados mundiais do
grupo em 2006, ontem, em Detroit. A unidade brasileira respondeu por 40% dos negócios
da GM LAAM (América Latina,
África e Oriente Médio), que
somou US$ 533 milhões de lucro líquido em 2006 -o melhor
em dez anos. Quarto maior
mercado da GM, o Brasil é forte
candidato a se tornar o terceiro
até o final deste ano.
"O Brasil é o quarto mercado
para a GM Corporate, atrás de
EUA, China e Canadá. Em
2007, nosso objetivo é conseguir o terceiro lugar, ultrapassando o Canadá", diz o presidente da GM do Brasil, Ray
Young. Segundo ele, os primeiros meses de venda no Brasil,
neste ano (recordes até a primeira quinzena de fevereiro),
tornam a meta possível.
Os "significativos ganhos" da
GM brasileira em 2006 foram
apontados pelo presidente
mundial, Rick Wagoner, como
um dos fatores do desempenho
da GM LAAM. As vendas na região somaram 1 milhão de carros, com faturamento de US$
14,6 bilhões. No Brasil, foram
410 mil unidades e faturamento de US$ 6 bilhões.
"A situação financeira melhor do Brasil ajudou o crescimento das vendas na região da
GM LAAM, que foi de 17%", diz
Young, que, à frente da GM brasileira há três anos, encerra um
período de oito anos de prejuízos. A redução de custos das
operações e a melhora no mercado interno contribuíram para o desempenho, segundo
Young. No ano passado, as vendas da GM cresceram 12,23%.
Para este ano, a empresa estima aumento de 10% no volume
de vendas no país. Segundo
Young, é o suficiente para manter a terceira posição no mercado nacional (atrás de Fiat e
Volkswagen). "Nosso objetivo
não é ampliar participação do
mercado, mas consolidar as
vendas e o terceiro lugar", diz.
Mesmo com fila de espera de
clientes para a compra de alguns modelos e projeção de aumento nas vendas, a empresa
não deve abrir um terceiro turno em suas fábricas. "Depois
das férias em janeiro e dos feriados em fevereiro, vamos recuperar nosso status de produção em abril. E, com a chegada
dos asiáticos, nosso lema é produtividade e competitividade.
Vamos produzir mais com o
mesmo nível de recursos."
Maior fabricante de automóveis do mundo, a GM reduziu as
perdas para US$ 2 bilhões em
2006 -ante prejuízo de US$
10,4 bilhões em 2005. O resultado é reflexo da reestruturação das operações, sobretudo
nos EUA. "Ninguém na GM está cantando vitória, pois sabemos que há muito trabalho a fazer para alcançar os objetivos
de crescimento sustentável,
rentabilidade e geração de fluxo de caixa", disse o presidente
mundial da GM, Rick Wagoner.
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