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Países europeus minimizam divergências
PEDRO DIAS LEITE
DE LONDRES
A menos de 20 dias do
encontro entre os líderes
do G20 em Londres, uma
entrevista lado a lado do
primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e da
chanceler alemã, Angela
Merkel, deixou claras as
divergências entre as duas
maiores propostas para
salvar a economia global.
Merkel pediu mais tempo antes de colocar mais
dinheiro na economia, como defendem os Estados
Unidos e o Reino Unido. A
chanceler disse que "ainda
não tivemos efeitos práticos dos pacotes, apenas
psicológicos, e é preciso
implementá-los e sentir os
efeitos do primeiro estímulo em vez de já começar
a discutir um próximo".
A alemã disse que seu
país já fez um estímulo "gigantesco", equivalente a
4,2% do PIB para dois
anos.
De outro lado, Brown,
que apostou alto num
acordo de estímulo fiscal
na reunião do G20, tentava minimizar o que tinha
acabado de ouvir: "Em relação à política fiscal, todos os países fizeram uma
grande contribuição, a
maior que o mundo já viu.
Os países vão concordar
sobre o que fazer no futuro, tanto em política fiscal
e monetária quanto no sistema regulatório."
Na semana que passou,
o presidente dos EUA, Barack Obama, citou o megapacote americano e cobrou dos outros países
uma ação "de forma coordenada e que não se limite
ao âmbito doméstico".
Apesar das divergências
nesse ponto, os dois líderes buscaram mostrar sintonia em outras questões
ligadas à crise global, como
mais regulação do sistema
financeiro e o fim dos paraísos fiscais.
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