São Paulo, domingo, 15 de março de 2009

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Países europeus minimizam divergências

PEDRO DIAS LEITE
DE LONDRES

A menos de 20 dias do encontro entre os líderes do G20 em Londres, uma entrevista lado a lado do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e da chanceler alemã, Angela Merkel, deixou claras as divergências entre as duas maiores propostas para salvar a economia global.
Merkel pediu mais tempo antes de colocar mais dinheiro na economia, como defendem os Estados Unidos e o Reino Unido. A chanceler disse que "ainda não tivemos efeitos práticos dos pacotes, apenas psicológicos, e é preciso implementá-los e sentir os efeitos do primeiro estímulo em vez de já começar a discutir um próximo".
A alemã disse que seu país já fez um estímulo "gigantesco", equivalente a 4,2% do PIB para dois anos.
De outro lado, Brown, que apostou alto num acordo de estímulo fiscal na reunião do G20, tentava minimizar o que tinha acabado de ouvir: "Em relação à política fiscal, todos os países fizeram uma grande contribuição, a maior que o mundo já viu. Os países vão concordar sobre o que fazer no futuro, tanto em política fiscal e monetária quanto no sistema regulatório."
Na semana que passou, o presidente dos EUA, Barack Obama, citou o megapacote americano e cobrou dos outros países uma ação "de forma coordenada e que não se limite ao âmbito doméstico".
Apesar das divergências nesse ponto, os dois líderes buscaram mostrar sintonia em outras questões ligadas à crise global, como mais regulação do sistema financeiro e o fim dos paraísos fiscais.


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