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POLÍTICA MONETÁRIA
Presidente do Fed diz que "toda precaução será necessária para controlar ritmo econômico"
Greenspan sinaliza nova alta nos juros
da Redação
O todo-poderoso Alan Greenspan, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), disse ao Congresso
dos Estados Unidos que as recentes quedas das ações tecnológicas
não são suficientes para deter a alta das taxas de juros.
Para o mercado, isso significou
a indicação de que ele elevará os
juros básicos na próxima reunião
do comitê de política monetária
do banco, que acontecerá no dia
16 de maio.
"Vamos lembrar que o mercado
está significativamente superior
ao seu nível no ano passado", disse Greenspan durante palestra ao
Comitê Bancário do Senado sobre
o futuro dos mercados financeiros.
A data para abordar o tema não
podia ter sido melhor. Greenspan
fez esse pronunciamento pela
manhã, antes de conhecer o desfecho trágico do mercado financeiro -a Nasdaq (Bolsa eletrônica que reúne as ações de tecnologia) caiu 9,67% e o Dow Jones (índice das ações mais negociadas na
Bolsa de Nova York) recuou
5,66%.
Segundo ele, apesar da correção
natural do mercado, ela pode fazer pouco para segurar a tendência da política monetária do Fed.
"Acho que os investidores sabem o que estão fazendo e conhecem as empresas em que estão investindo. Portanto, não tenho
uma visão de catástrofe dos mercados."
Economia aquecida
O Fed elevou os juros cinco vezes desde junho do ano passado
como forma de frear o ritmo da
economia norte-americana. Um
dado divulgado ontem -o índice
de inflação dos Estados Unidos
para o mês de março, que atingiu
0,7%, o maior em 11 meses- reforçou as expectativas dos analistas.
Muitos passaram a apostar em
uma alta de 0,5 ponto percentual
nas taxas de juros. Nos últimos
aumentos, o Fed tem preferido
adotar aumentos escalonados de
0,25 ponto percentual. No entanto, a inflação pode fazer Greenspan rever sua posição.
O presidente do Fed não deu
entrevistas depois do fechamento
do pregão, que terminou muito
menos otimista do que seu discurso.
Bancos
Os bancos devem alocar reservas maiores para se defender contra fortes flutuações nos mercados financeiros que "inevitavelmente" sempre acontecem, disse
Greenspan durante uma conferência acadêmica ontem.
"Os administradores de carteiras de risco precisam testar as hipóteses que suportam seus modelos e considerar as dinâmicas de
portifólio sob uma variedade de
cenários alternativos."
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