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São Paulo, terça-feira, 15 de abril de 2003

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Fundos com C-Bond já ganham 12,5% no ano

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A expressiva valorização dos títulos da dívida externa brasileira no ano tem ajudado a atrair recursos para uma aplicação ainda pouco conhecida pelos investidores. Com um ganho médio acumulado de 12,5% neste ano, os Fiex (Fundos de Investimentos no Exterior) têm se mostrado a opção com melhor retorno no mercado financeiro doméstico até o momento.
As carteiras dos Fiex são formadas basicamente por papéis da dívida externa brasileira, principalmente os C-Bonds. No ano, a alta dos títulos supera os 25%.
O patrimônio líquido dos Fiex registrou crescimento de 47% neste ano e chegou a R$ 567,1 milhões no último dia 10, como mostram dados do site Fortuna.
A captação líquida (diferença entre saques e aplicações) no ano estava positiva em cerca de R$ 100 milhões até o último dia 8, segundo a Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento).
Quem colocou seus recursos em um Fiex há um ano já conseguiu acumular um ganho superior a 64% no período.
Grande parte das instituições financeiras oferece o Fiex. A partir de R$ 5.000 é possível investir em um desses fundos.

Riscos
Mas, apesar da maior procura nos últimos meses, os Fiex ainda representam uma parcela muito pequena -menos de 1%- do patrimônio total dos fundos de investimento.
Os gestores consideram grandes os riscos de investir em um Fiex. A rentabilidade desse tipo de aplicação pode desaparecer com a mesma velocidade com que surge. Por isso, normalmente é recomendado para quem pretende manter aplicações por prazos mais longos.
A oscilação do dólar também influencia o resultado final obtido pelos Fiex. É que, para comprar títulos da dívida para compor a carteira a ser oferecida, o gestor tem de converter os reais do investidor em dólares. Na hora do resgate, os papéis são vendidos em dólares e convertidos novamente em reais. Por isso, o sobe-e-desce da moeda norte-americana influencia a rentabilidade final.

Em alta
As instituições financeiras que oferecem os Fiex têm de aplicar, no mínimo, 60% de sua carteira em títulos da dívida externa brasileira. Entre esses papéis, os mais negociados no mercado internacional são os C-Bonds.
"Há espaço para os C-Bonds subirem ainda um pouco mais, mas acho que já começam a encontrar seu teto. Dificilmente o valor do título ficará muito acima dos US$ 0,8500", afirma Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora.
Ontem, os C-Bonds encerraram os negócios no mercado vendidos a US$ 0,8494, alta de 1,72% em relação a sexta-feira.


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