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Fundos com C-Bond já ganham 12,5% no ano
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A expressiva valorização dos títulos da dívida externa brasileira
no ano tem ajudado a atrair recursos para uma aplicação ainda
pouco conhecida pelos investidores. Com um ganho médio acumulado de 12,5% neste ano, os
Fiex (Fundos de Investimentos no
Exterior) têm se mostrado a opção com melhor retorno no mercado financeiro doméstico até o
momento.
As carteiras dos Fiex são formadas basicamente por papéis da dívida externa brasileira, principalmente os C-Bonds. No ano, a alta
dos títulos supera os 25%.
O patrimônio líquido dos Fiex
registrou crescimento de 47%
neste ano e chegou a R$ 567,1 milhões no último dia 10, como
mostram dados do site Fortuna.
A captação líquida (diferença
entre saques e aplicações) no ano
estava positiva em cerca de R$ 100
milhões até o último dia 8, segundo a Anbid (Associação Nacional
dos Bancos de Investimento).
Quem colocou seus recursos em
um Fiex há um ano já conseguiu
acumular um ganho superior a
64% no período.
Grande parte das instituições financeiras oferece o Fiex. A partir
de R$ 5.000 é possível investir em
um desses fundos.
Riscos
Mas, apesar da maior procura
nos últimos meses, os Fiex ainda
representam uma parcela muito
pequena -menos de 1%- do
patrimônio total dos fundos de
investimento.
Os gestores consideram grandes os riscos de investir em um
Fiex. A rentabilidade desse tipo de
aplicação pode desaparecer com a
mesma velocidade com que surge. Por isso, normalmente é recomendado para quem pretende
manter aplicações por prazos
mais longos.
A oscilação do dólar também
influencia o resultado final obtido
pelos Fiex. É que, para comprar títulos da dívida para compor a carteira a ser oferecida, o gestor tem
de converter os reais do investidor em dólares. Na hora do resgate, os papéis são vendidos em dólares e convertidos novamente em
reais. Por isso, o sobe-e-desce da
moeda norte-americana influencia a rentabilidade final.
Em alta
As instituições financeiras que
oferecem os Fiex têm de aplicar,
no mínimo, 60% de sua carteira
em títulos da dívida externa brasileira. Entre esses papéis, os mais
negociados no mercado internacional são os C-Bonds.
"Há espaço para os C-Bonds subirem ainda um pouco mais, mas
acho que já começam a encontrar
seu teto. Dificilmente o valor do
título ficará muito acima dos US$
0,8500", afirma Álvaro Bandeira,
diretor da corretora Ágora.
Ontem, os C-Bonds encerraram
os negócios no mercado vendidos
a US$ 0,8494, alta de 1,72% em relação a sexta-feira.
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