São Paulo, terça-feira, 15 de abril de 2003 |
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CAPITAL X TRABALHO Funcionários pedem 10% de antecipação Greve por aumento pára a GM no Vale
MARIA TERESA MORAES DA FOLHA VALE A falta de acordo na negociação sobre a concessão de reajuste salarial provocou ontem a paralisação da produção da fábrica da General Motors em São José dos Campos, na primeira greve em uma montadora liderada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o sindicato da categoria, 80% dos cerca de 10 mil funcionários da fábrica aderiram à greve, que deve ter apenas um dia de duração, já que o seu objetivo é pressionar a montadora a abrir negociação sobre salários. De acordo com a entidade, a paralisação atingiu totalmente a produção -apenas os funcionários do setor administrativo e dos ambulatórios médicos e os supervisores de área teriam trabalhado normalmente. A montadora informou apenas que "recebeu com surpresa a paralisação, acompanha o fato e está avaliando o quadro". A GM, que é a maior empresa do setor metalúrgico no Vale, produz por dia 764 veículos (dos modelos Corsa e S-10) e 1.800 motores. A paralisação faz parte da campanha salarial de emergência para tentar repor perdas salariais registradas desde novembro de 2002, mês da data-base da categoria. Os metalúrgicos reivindicam uma antecipação salarial de 10%., que corresponde à inflação registrada entre novembro de 2002 e fevereiro deste ano, que foi de 10,39%, segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE -em novembro, a categoria obteve 10,26% de reajuste. Texto Anterior: É do Brasil: País vence disputa para fazer "Tupi", da Volks Próximo Texto: Central critica Palocci por temer mais reajustes Índice |
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