PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Pelo quarto mês consecutivo, a indústria de São Paulo teve desempenho positivo. A produção do setor cresceu 2,6% em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A alta acumulada nos dois primeiros meses do ano é de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Em janeiro, a indústria paulista já havia crescido 7%.
A recuperação do consumo interno, embora ainda restrita aos bens duráveis (especialmente veículos), puxou para cima a produção da indústria paulista, de acordo com o IBGE.
No Estado, os principais impactos positivos vieram dos seguintes ramos: veículos (16,9%), químico (13,5%) e refino de petróleo e álcool (13,6%). Todos abastecem prioritariamente o mercado doméstico. A indústria paulista representa cerca de 45% da produção nacional.
Em fevereiro, a produção da indústria cresceu em 8 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE. Tiveram bom desempenho as áreas ligadas ao agronegócio e às exportações, repetindo a tendência dos últimos meses.

Duráveis ajudam
A novidade é que os bens duráveis impulsionaram a produção de algumas áreas. O setor automotivo também puxou para cima a produção industrial da Bahia (12%) e do Paraná (5,8%).
Favorecido pelas exportações, o Pará foi o Estado que apresentou o maior crescimento -16,2% em fevereiro. O motivo foi o aumento de 40% da indústria extrativa (ferro).
Os resultados estão acima da média nacional -crescimento de 1,8% ante fevereiro de 2003.
No indicador com ajuste sazonal, que não é aplicado para as regiões, a produção da indústria recuou 1,8%, segundo o IBGE.


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