da Reportagem Local

Cerca de 600 trabalhadores desempregados, organizados por sindicatos ligados à Força Sindical, promoveram manifestação ontem em frente à Câmara dos Vereadores de São Paulo.
Eles protestaram contra a demora da Câmara em votar um projeto de lei municipal, elaborado pelo Executivo, que cria frentes de trabalho na cidade.
De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, o projeto de lei está tramitando na Câmara há cerca de dois meses.
O sindicalista disse que, após conversar ontem mesmo com os líderes partidários, o projeto deve ser posto em votação hoje.
A idéia é criar 10 mil postos de trabalho na cidade de São Paulo com as frentes. Os desempregados iriam limpar ruas, bueiros e córregos, por exemplo.
Segundo Paulinho, a remuneração mensal seria de um salário mínimo. Esses trabalhadores também receberiam uma cesta básica.
A criação de frentes de trabalho em grandes centros urbanos, onde o desemprego é maior do que nas pequenas cidades, é uma das propostas da Força Sindical para amenizar os efeitos da recessão.
Na manifestação de ontem, os desempregados chegaram à Câmara por volta das 11h e só saíram cerca de cinco horas depois. Os sindicatos ligados à Força Sindical mobilizaram 18 ônibus para o transporte dos manifestantes.
De acordo com o presidente da Força Sindical, por duas vezes os trabalhadores desempregados tentaram invadir o prédio da Câmara.
Na primeira, foram bloqueados pela segurança. A Polícia Militar chegou a ser acionada. Na segunda tentativa os manifestantes conseguiram entrar. Em nenhum momento houve confronto mais sério com os policiais.


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