MARCELO DIEGO
ENVIADO A INGOLSTADT

A Audi S.A., subsidiária do grupo Volkswagen, anunciou ontem que as vendas de seus veículos no mercado brasileiro cresceram 12,47% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com os três primeiros meses do ano passado. Mas a companhia advertiu que poderá abandonar em dois anos sua linha de produção na fábrica de Curitiba (PR).
Atualmente a filial paranaense da empresa fabrica os modelos Audi A3, nas versões três e cinco portas. Apesar de ser o carro-chefe das vendas no Brasil (representa 85% dos negócios), o modelo será progressivamente deixado de lado. A produção será interrompida totalmente em até dois anos, segundo a companhia.
"Queria deixar claro que nenhuma decisão foi tomada, não é um caminho definitivo", afirmou Mattias Seidl, chefe de vendas da Audi para o continente americano. Ele ressaltou que uma eventual decisão de abandonar a produção no Brasil não significaria o fechamento da unidade. "Temos certeza de que outra empresa do grupo poderia utilizá-la."
A empresa vendeu 2.705 veículos no Brasil de janeiro a março deste ano (incluindo os modelos importados) -uma participação de mercado de 0,86%. O país é o 12º colocado no ranking dos principais mercados da Audi.