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Sem novas plataformas, cai 6,5%
a produção nacional da Petrobras
CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO
A produção de petróleo da Petrobras em território nacional,
que representa cerca de 98% da
brasileira, caiu de janeiro a abril
deste ano 6,5% em relação ao
mesmo período do ano passado e
4,4% em relação à média do ano
passado. Em abril, houve queda
de 2% em relação a março e de
7,1% na comparação com o mesmo mês de 2003.
A média dos quatro primeiros
meses deste ano está em 1,472 milhão de barris por dia, contra
1,540 milhão da média diária de
todo o ano passado e 1,574 milhão
da média dos quatro primeiros
meses de 2003. Em abril deste
ano, a média ficou em 1,463 milhão de barris por dia, contra
1,487 milhão em março passado e
1,576 milhão em abril de 2003.
A média mensal de produção
vem caindo desde agosto do ano
passado, quando alcançou 1,587
milhão de barris por dia, com um
pequeno intervalo em março deste ano, quando alcançou 1,487 milhão de barris/dia, contra 1,467
milhão em fevereiro.
Manutenções programadas ou
problemas em equipamentos são
as razões dadas pela Petrobras para a queda de produção. Em abril,
segundo a empresa, a queda teve
como principais causas o atraso
na volta à produção do sistema piloto de produção do campo de Jubarte, no Espírito Santo, e "problemas operacionais" na plataforma P-37, no campo de Marlim
(bacia de Campos, RJ).
A estatal prevê que, apesar do
início ruim, a sua produção de
óleo em território nacional crescerá entre 1% e 3% na média deste
ano. Em 2003, o crescimento foi
de 2,6% sobre 2002. A expansão
em 2002 sobre 2001 foi de 12,3%.
Saltos positivos na produção de
petróleo brasileira ocorrem, normalmente, quando entra em operação um equipamento novo de
grande porte (uma plataforma, já
que 83% da produção brasileira
vem do mar), que agrupa a produção de vários poços ou mesmo
de um campo inteiro.
No intervalo entre a chegada de
uma grande plataforma, a produção oscila de acordo com as paradas, programadas ou não, dos
equipamentos existentes ou com
a entrada em operação de sistemas menores.
Cronograma atrasado
Segundo a Petrobras, uma das
causas de sua produção não estar
crescendo atualmente é o atraso
de quase dois anos no cronograma de entrada em operação das
plataformas marítimas P-43 e P-48, respectivamente, dos campos
de Barracuda e Caratinga, ambos
na bacia de Campos (RJ). As duas
foram encomendadas durante o
governo anterior. Normalmente,
uma plataforma demora no mínimo três anos para ficar pronta.
A P-43 e a P-48 produzirão cada
uma, quando chegarem ao limite
da capacidade, 150 mil barris de
óleo por dia. A P-43 está prevista
para começar a produzir em outubro deste ano e a P-48, em dezembro.
Até o final de 2005, a estatal tem
programada a adição de 600 mil
barris diários à sua produção
atual. Segundo a empresa, a média de 2005 chegará a 1,8 milhão
de barris por dia, o que representará um crescimento de 22,3% sobre o resultado dos quatro primeiros meses deste ano.
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