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São Paulo, domingo, 15 de junho de 2003

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Crise transforma personal trainer em 'group trainer'

DA REPORTAGEM LOCAL

A união faz a força. E a economia. De um ano e meio para cá, o caro serviço dos personal trainers, que cobram de R$ 60 a R$ 70 por hora, passou a ser prestado também para duas ou até três pessoas no mesmo horário.
O desconto é o chamariz: quem divide o tempo desse tipo de profissional paga em média R$ 45. Ajuda dos dois lados: dos personal trainers, que têm mais demanda -escassa nos últimos tempos- e dos clientes, que assim podem bancar o valor.
É o caso das amigas Sílvia Lee, 28, e Yong Oh, 30, que duas vezes por semana interrompem a rotina para cuidar do corpo. Ambas têm lojas que vendem roupas femininas e vêm sentindo a queda no movimento de 2002 para cá.
"Sou casada. Depois que vieram os filhos os gastos aumentaram bastante. Hoje não poderia pagar um personal trainer se não dividisse com a Sílvia", diz Oh.
Foi Lee, que quer entrar em forma para o casamento nos próximos meses, quem chamou a amiga. "A questão financeira pesou bastante, já que a situação está difícil nos últimos tempos. E ao mesmo tempo eu não queria fazer aula sozinha", diz.
O personal trainer das duas, Marcelo Casemiro, 35, trabalha há quatro anos no segmento e afirma que essa também é uma forma de os profissionais se sustentarem no mercado.
"O desconto traz novos alunos. Além disso, não há perda no rendimento dos alunos. Fazer exercícios em grupo é uma excelente forma de estímulo", acredita.
A maioria dos casos de alunos que dividem o personal trainer e a conta, diz Casemiro, é formada por casais ou amigos.
(MAELI PRADO)


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